Madeira não vai aplicar medidas menos restritivas adoptadas no continente, garante Miguel Albuquerque
Presidente do Governo da Madeira realçou que, desde o início da pandemia, a região “adoptou uma postura e uma posição muito específica, em função das suas características próprias, em termos de densidade populacional, orografia e população flutuante”.
O presidente do Governo da Madeira disse esta quinta-feira que a região não vai seguir as medidas menos restritivas adoptadas no continente, porque o objectivo é manter o arquipélago seguro para os residentes e visitantes.
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O presidente do Governo da Madeira disse esta quinta-feira que a região não vai seguir as medidas menos restritivas adoptadas no continente, porque o objectivo é manter o arquipélago seguro para os residentes e visitantes.
“Se no continente vão deixar a máscara em Setembro, se vão fazer o pino no Cais do Sodré, não quero saber nada disso”, afirmou Miguel Albuquerque, à margem da visita que efectuou ao Museu de Fotografia da Madeira -- Vicentes, que reabriu ao público há dois anos.
O líder do executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, respondia assim aos jornalistas, quando questionado sobre as medidas determinadas esta quinta-feira pelo Conselho de Ministros, tendo o primeiro-ministro, António Costa, anunciado que as restrições de horários no comércio e restauração acabam em 1 de Agosto, mantendo-se a obrigatoriedade de uso de certificado digital em espaços interiores aos feriados e fins-de-semana.
Também a utilização de máscara na via pública deixará de ser obrigatória a partir de Setembro, excepto em situações de ajuntamentos, segundo o novo plano de desconfinamento apresentado esta quinta-feira. A medida faz parte da segunda fase do plano, que deverá arrancar no início do mês de Setembro, quando o Governo antecipa que 70% da população portuguesa tenha já a vacinação completa.
António Costa ainda apontou que a limitação da circulação na via pública nos concelhos de maior risco de incidência de covid-19, entre as 23h e as 5h, vai deixar de ser aplicada a partir do próximo domingo, 1 de Agosto.
“Nós temos neste momento na Madeira um conjunto de medidas preventivas e profilácticas que têm dado resultado na contenção da infecção”, argumentou o chefe do executivo madeirense.
Miguel Albuquerque realçou que, desde o início da pandemia, a região “adoptou uma postura e uma posição muito específica, em função das suas características próprias, em termos de densidade populacional, orografia e população flutuante”.
“Volto a frisar e é importante as pessoas terem a noção de que nós temos uma média de 37 mil pessoas na Madeira flutuantes que durante a semana entram e depois saem”, indicou.
O governante indicou que entre os dias 1 e 22 de Julho, a região registou um “fluxo de afluência turística muito elevada”, tendo desembarcado cerca 85 mil pessoas na Madeira.
“Dadas as características, temos adoptado as medidas propostas pela Direcção Regional de Saúde, adequando-as à nossa realidade pandémica”, enfatizou.
Miguel Albuquerque sustentou que os “objectivos fundamentais” do Governo Regional são “a segurança, a vivência normal, o funcionamento da economia” e “manter a região atractiva” para os visitantes.
“Por isso, vamos manter aqui na Madeira as medidas em vigor, que são analisadas e monitorizadas semanalmente” pelas autoridades de saúde do arquipélago.
Recordou que o Conselho do Governo Regional renovou esta quinta-feira a situação de calamidade e decidiu manter o recolher obrigatório à 1h, o encerramento dos espaços às 00:00 e o uso da máscara.
“Temos de nos proteger uns aos outros e a pandemia não acabou”, sustentou, concluindo que a sua obrigação é “tomar as medidas no sentido de garantir que a Madeira está segura e é um destino seguro”.
As autoridades madeirenses diagnosticaram 16 novos casos de covid-19 e mais 24 doentes recuperados nas últimas 24 horas, registando a região 241 situações activas, informou esta quinta-feira a Direcção Regional de Saúde.