Trocar o fogo-de-artifício por drones? Não poluem, não incendeiam e não assustam os animais

“O que estamos a tentar fazer é criar algo, criativamente, mais interessante, verde, porque utilizamos fontes de energia renováveis e não assustamos os animais”, diz nova empresa que faz espectáculos visuais com drones, como aquele que abriu os Jogos Olímpicos.

Fotogaleria

A preocupação com a poluição e o meio ambiente pode fazer com que exibições de drones — como a da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio — substituam os fogos-de-artifício como o espectáculo de luzes preferido para iluminar o céu nocturno.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A preocupação com a poluição e o meio ambiente pode fazer com que exibições de drones — como a da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio — substituam os fogos-de-artifício como o espectáculo de luzes preferido para iluminar o céu nocturno.

Os governos da China e da Índia já tentaram limitar o fogo-de-artifício lançado durante as celebrações do Ano Novo Lunar e do Diwali para minimizar a poluição.

E até mesmo Sydney, na Austrália, famosa pelos espectáculos de fogos-de-artifício no Ano Novo, está a considerar substituir a pirotecnia por drones, de forma a reduzir o risco de incêndios florestais, de acordo com reportagens nos meios de comunicação australianos no ano passado.

Uma empresa que espera lucrar com esta mudança é a Celestial, com sede no Reino Unido, que apresenta espectáculos com 300 drones em formação a voar e afirma que a tecnologia se está a desenvolver rapidamente.

Numa sessão de treino testemunhada pela Reuters num aeródromo em Somerset, Inglaterra, um conjunto de drones transformou-se em formas como um robot brinquedo ambulante, uma bailarina e uma borboleta a bater as asas.

“O nosso objectivo é substituir o fogo-de-artifício. Adoramos fogo-de-artifício, mas é de uso único, incendeia as coisas e assusta os animais”, disse o co-fundador da Celestial, John Hopkins, à Reuters.

“O que estamos a tentar fazer é criar algo, criativamente, mais interessante, verde, porque utilizamos fontes de energia renováveis e não assustamos os animais.”