Selecção perde por um golo contra a Suécia em Tóquio

Portugal continua com hipótese de se apurar para a fase seguinte do torneio olímpico.

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Reuters/SUSANA VERA

Mais desperta, menos jetlag, mas a selecção portuguesa voltou a perder no torneio olímpico de andebol. Nesta quarta-feira, em Tóquio, a formação orientada por Paulo Jorge Pereira foi derrotada pela Suécia por 29-28 (14-14 ao intervalo) na terceira jornada do Grupo. Esta derrota frente aos vice-campeões do mundo não compromete as aspirações portuguesas em chegar aos quartos-de-final, mas, com apenas uma vitória em três jogos, pode tornar a progressão mais difícil quando chegarem os jogos a eliminar.

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Mais desperta, menos jetlag, mas a selecção portuguesa voltou a perder no torneio olímpico de andebol. Nesta quarta-feira, em Tóquio, a formação orientada por Paulo Jorge Pereira foi derrotada pela Suécia por 29-28 (14-14 ao intervalo) na terceira jornada do Grupo. Esta derrota frente aos vice-campeões do mundo não compromete as aspirações portuguesas em chegar aos quartos-de-final, mas, com apenas uma vitória em três jogos, pode tornar a progressão mais difícil quando chegarem os jogos a eliminar.

Portugal e Suécia eram duas selecções que ainda não tinham propriamente acordado para o torneio olímpico. Os suecos tinham tido duas vitórias mínimas frente aos adversários menos cotados do grupo (por um ante o Bahrein e por dois diante do Japão), os portugueses entraram a perder com o Egipto e só ganharam por um ao Bahrein. Paulo Jorge Pereira tinha dito que ainda eram os efeitos do jetlag, mas garantiu que já iam estar todos despertos nesta terceira ronda.

E os portugueses entraram bem mais despertos no jogo, alcançando rapidamente uma vantagem de três golos nos primeiros minutos, mas as sucessivas exclusões de dois minutos (foram quatro na primeira parte) ajudaram a nivelar o marcador. Os suecos conseguiram marcar quatro golos consecutivos e ficar em vantagem, mas o marcador nunca ficou desnivelado para nenhum dos lados.

Portugal com um ataque democrático (dez jogadores a marcarem) e com um inspirado Capdeville na baliza, a Suécia a viver do acerto de Ekberg e Lagergren, resultou num empate (14-14) ao intervalo. Os comandados de Paulo Jorge Pereira voltaram a entrar bem na segunda parte, mas nunca conseguiram alcançar uma vantagem suficientemente ampla.

E a Suécia é sempre a Suécia, um dos históricos do andebol mundial. Com Portugal a falhar muito no ataque de sete para seis – e Palicka a encher a baliza – os nórdicos tomaram conta do jogo nos últimos dez minutos e foram acumulando golos em ataques sucessivos, enquanto os portugueses tinham de sofrer para marcar um.

Ainda assim, Portugal chegou ao último minuto a perder por apenas um (29-28). Depois de um desconto de tempo, a Suécia falhou a sua bola de ataque e Paulo Jorge Pereira também pediu um desconto de tempo. Os suecos conseguiram defender o último ataque, mas Miguel Martins ainda teve um livre dos 11 metros para tentar empatar, mas a bola bateu na muralha nórdica.

“Mais competitivos”

Paulo Jorge Pereira olha para esta derrota como uma evolução competitiva da equipa portuguesa. “Nunca ficamos satisfeitos com a derrota, mas temos de ficar satisfeitos com a entrega que tivemos e com a competitividade que demonstrámos. Discutimos o jogo até ao final, perder por um golo com a vice-campeã do mundo. Já temos menos jetlag, já conseguimos seguir melhor o plano. Há dez anos atrás levávamos dez, hoje equilibrámos o jogo até ao final e tivemos posse de bola para o empate”, analisou o seleccionador português.

Depois do vice-campeão do mundo, vem o campeão do mundo, a Dinamarca. “Mais uma dose de frieza nórdica pela frente”, prevê o seleccionador português. Mas jogar contra os melhores, acrescenta, faz parte da aprendizagem de quem quer estar entre os melhores: “Estar aqui é fantástico, estar a jogar contra estas selecções é uma aprendizagem. Nos últimos dois anos e meio estivemos em competições deste tipo e estamos a aprender. Já vencemos um jogo e queremos mais.”