Roma empata FC Porto com bênção de Rui Patrício
No Algarve, os “dragões” realizaram o oitavo jogo de preparação, sem terem sofrido qualquer derrota.
Ao oitavo jogo de preparação para a temporada 2021-22, o FC Porto deixou de ganhar. No Algarve, no Estádio da Bela Vista, os “dragões” estiveram bem mais perto do triunfo do que a Roma, mas o empate (1-1) acabou por penalizar a ineficácia portuguesa na finalização e a capacidade italiana de sofrer sem bola. Foi mais um teste exigente, com uma resposta muito competente da equipa liderada por Sérgio Conceição.
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Ao oitavo jogo de preparação para a temporada 2021-22, o FC Porto deixou de ganhar. No Algarve, no Estádio da Bela Vista, os “dragões” estiveram bem mais perto do triunfo do que a Roma, mas o empate (1-1) acabou por penalizar a ineficácia portuguesa na finalização e a capacidade italiana de sofrer sem bola. Foi mais um teste exigente, com uma resposta muito competente da equipa liderada por Sérgio Conceição.
Ainda sem contar com Marchesín, Uribe ou Corona, o FC Porto surgiu em campo com um “onze” decalcado do embate diante do Lille — a excepção foi Pepe, que assumiu a vaga de Ivan Marcano. Em 4x4x2, os “dragões” mostraram acutilância especialmente pelo corredor direito, onde João Mário (um lateral em construção) combinou bem com Otávio, e uma capacidade interessante de jogar entre linhas, graças às movimentações do brasileiro, de Sérgio Oliveira, de Pepê e de Taremi, que baixava para arrastar marcações
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Do lado oposto, em 4x2x3x1, a Roma tinha fantasia na frente (Zaniolo, Mkhitaryan e Pellegrini nas costas de Dzeko), mas faltava-lhe arte para ligar os sectores. E não espantou, por isso, que tivesse sido pouco mais que inofensiva no ataque no primeiro tempo, enquanto o FC Porto mostrou as garras num par de ocasiões — em ambas, Rui Patrício respondeu à altura, com duas defesas (a segunda a cabeceamento de Otávio, foi fenomenal) que justificam a contratação ao Wolverhampton.
O ascendente dos “azuis e brancos” não teve tradução no marcador e, no arranque do segundo tempo, a troca de Darboe por Villar permitiu aos romanos jogarem uma velocidade acima, com mais fluidez na saída de bola. Ainda assim, foi contra a corrente do jogo que os romanos chegaram à vantagem: aos 56’, na sequência de um canto, Mancini surgiu na pequena área a cabecear sem oposição.
A Roma ficava numa posição mais confortável e ainda conseguiria baixar o ritmo de jogo depois de um desentendimento entre Mkhitaryan e Pepe. Só que Sérgio Conceição voltou a agitar as águas aos 84’, com uma tripla alteração que resultou em cheio. Vitinha e Evanilson, acabados de entrar, combinaram no corredor central e o médio português surgiu na área com espaço para um remate cruzado, que funcionou como um prémio merecido, mas ainda assim insuficiente para a produção ofensiva do FC Porto.
José Mourinho, no banco romano, também tinha mexido na frente de ataque, mas nem Carles Pérez, nem El Shaarawy foram servidos em condições de poderem causar mossa a Diogo Costa. Muito também por mérito da organização defensiva do FC Porto, quase sempre confortável no jogo sem bola (conferindo pouco espaço entre linhas) e dinâmico com ela (Bruno Costa baixava na primeira fase de construção para conferir maior liberdade a Sérgio Oliveira).
Com Otávio a rubricar mais uma grande exibição, João Mário a ganhar pontos na luta pelo corredor direito e Pepê a deixar no ar alguns pormenores de classe, a versão 2021-22 dos “dragões” avança a velocidade de cruzeiro. Dentro de três dias, há um derradeiro embate com o Lyon, que marcará o final desta longa etapa de preparação, e o FC Porto chegará lá com sete vitórias e um empate.
Fá-lo-á, também, sabendo que ainda está longe de explorar na totalidade os recursos que estão ao dispor do treinador. Luis Díaz ainda fez uns minutos na partida, mas Marchesín, Matheus Uribe e Jesús Corona, determinantes na última temporada, continuam por utilizar. O primeiro encontro oficial está agendado para 8 de Agosto, na 1.ª jornada do campeonato, no Estádio do Dragão, frente ao Belenenses SAD.