Ambiente está a rever as regras para o litoral que vai do cabo Espichel a Odeceixe

Compatibilizar o meio natural com a “criação de riqueza” é a proposta para assegurar a sustentabilidade do território com cerca 476 quilómetros quadrados e 78 praias.

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Rui Gaudencio

A faixa costeira entre o cabo Espichel e Odeceixe, que se estende ao longo de 220 quilómetros, manteve-se quase intacta até ao início da segunda metade do século XX. Mas a instalação da Zona Industrial de Sines e do respectivo porto, a crescente pressão turística e a actividade agrícola desregulada, vieram colocar em risco um território preservado e com valores naturais únicos a nível europeu e mundial. A dimensão dos impactos entretanto causados ao equilíbrio dos ecossistemas deste litoral, aliada à intensificação da actividade económica e turística, alertou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para a necessidade de rever o Plano de Ordenamento da Orla Costeira desta zona. O uso dos solos, a salvaguarda do domínio público marítimo, da paisagem natural, a preservação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, que o desenvolvimento urbano, industrial e turístico na faixa litoral podem pôr em causa, são as grandes prioridades.

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A faixa costeira entre o cabo Espichel e Odeceixe, que se estende ao longo de 220 quilómetros, manteve-se quase intacta até ao início da segunda metade do século XX. Mas a instalação da Zona Industrial de Sines e do respectivo porto, a crescente pressão turística e a actividade agrícola desregulada, vieram colocar em risco um território preservado e com valores naturais únicos a nível europeu e mundial. A dimensão dos impactos entretanto causados ao equilíbrio dos ecossistemas deste litoral, aliada à intensificação da actividade económica e turística, alertou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para a necessidade de rever o Plano de Ordenamento da Orla Costeira desta zona. O uso dos solos, a salvaguarda do domínio público marítimo, da paisagem natural, a preservação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, que o desenvolvimento urbano, industrial e turístico na faixa litoral podem pôr em causa, são as grandes prioridades.