Em lágrimas, Biles assume que abandonou a final por problemas emocionais

A ginasta confirmou os rumores de que a saída de prova não teria sido por limitações meramente físicas, ao contrário do que foi sugerido oficialmente, mas por questões mentais. “É uma merda quando se luta contra a própria cabeça”, apontou.

Foto
Biles nesta terça-feira, em Tóquio Reuters/MIKE BLAKE

Simone Biles, que abandonou nesta terça-feira a final colectiva da ginástica artística nos Jogos Olímpicos, confirmou os rumores de que a saída não teria sido por questões meramente físicas, ao contrário do que foi sugerido oficialmente, mas por questões mentais.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Simone Biles, que abandonou nesta terça-feira a final colectiva da ginástica artística nos Jogos Olímpicos, confirmou os rumores de que a saída não teria sido por questões meramente físicas, ao contrário do que foi sugerido oficialmente, mas por questões mentais.

Em lágrimas perante a imprensa, diz a BBC, Biles “abriu o livro”. “Estou apenas a lidar interiormente com coisas que serão resolvidas nos próximos dias”, apontou, após as provas. E foi mais longe: “Sempre que estamos numa situação de stress elevado, de certa forma ‘passamo-nos’. Tenho de me concentrar na minha saúde mental e não pôr em risco o meu bem-estar. Temos de proteger o nosso corpo e a nossa mente. É uma merda quando se luta contra a própria cabeça”. A equipa está a planear ter um “dia de descanso mental” amanhã, acrescentou Biles.

A ginasta garantiu ainda que não quer louros pela medalha de prata conquistada pelos Estados Unidos.

“Devo isto [medalha] às raparigas, não tem nada que ver comigo”, começou por dizer, à BBC. E foi mais longe: “Estou muito orgulhosa delas, pela forma como se levantaram e fizeram o que tinham de fazer. Disse-lhes que tinham feito todo o treino e poderiam fazer a prova sem mim e tudo correria bem”.