(Re)moinhos na paisagem belga

As turbinas eólicas são uma intrusão na paisagem, mas anteriores intrusões são todas as que, ao longo do tempo, têm sustentado o progresso da humanidade.

Foto
WESTEND61/GETTY IMAGES

A meio de uma visita à Feira Aeronáutica de Paris de 1912 na companhia de Fernand Léger, o pintor que deu ao cubismo uma expressão “tubista”, e de Marcel Duchamp, que fez de um urinol uma obra de arte, o não menos célebre escultor romeno Constantin Brâncusi parou à frente da hélice de um avião e exclamou: “É a isto que eu chamo escultura!”. Na versão de Léger dessa visita, Duchamp, que por ali andava entre motores e hélices sem dizer palavra, virou-se de repente para Brâncusi e disse: “Acabou-se a pintura! Quem é que pode fazer melhor do que uma hélice? Diz-me, és capaz de o fazer?”

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A meio de uma visita à Feira Aeronáutica de Paris de 1912 na companhia de Fernand Léger, o pintor que deu ao cubismo uma expressão “tubista”, e de Marcel Duchamp, que fez de um urinol uma obra de arte, o não menos célebre escultor romeno Constantin Brâncusi parou à frente da hélice de um avião e exclamou: “É a isto que eu chamo escultura!”. Na versão de Léger dessa visita, Duchamp, que por ali andava entre motores e hélices sem dizer palavra, virou-se de repente para Brâncusi e disse: “Acabou-se a pintura! Quem é que pode fazer melhor do que uma hélice? Diz-me, és capaz de o fazer?”