PSD e CDS traçaram linhas vermelhas, mas candidato do Chega em Lisboa quer conversar com Moedas

Nuno Graciano assume que se não for eleito vereador será uma “derrota” eleitoral. PSD e CDS rejeitaram coligações autárquicas com o partido de André Ventura.

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O ex-apresentador de televisão assume que tem estado a aprender sobre a cidade de Lisboa LUSA/RODRIGO ANTUNES

Apesar da linha vermelha traçada por PSD e CDS às coligações autárquicas com André Ventura, o candidato do Chega à câmara de Lisboa mostra-se disponível para conversar com o social-democrata Carlos Moedas caso este vença as eleições. Em entrevista ao Diário de Notícias, Nuno Graciano assume que se não for eleito vereador será uma “derrota”.

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Apesar da linha vermelha traçada por PSD e CDS às coligações autárquicas com André Ventura, o candidato do Chega à câmara de Lisboa mostra-se disponível para conversar com o social-democrata Carlos Moedas caso este vença as eleições. Em entrevista ao Diário de Notícias, Nuno Graciano assume que se não for eleito vereador será uma “derrota”.

O antigo apresentador de televisão e empresário foi questionado sobre se daria a mão a um executivo liderado pelo candidato do PSD (em coligação com o CDS e outros partidos) sem maioria absoluta. Numa primeira resposta, Nuno Graciano remeteu a decisão para o Chega, mas acabou por assumir disponibilidade para o diálogo se depender da sua vontade. “Acho que há condições para conversarmos”, disse, revelando que já encontrou Carlos Moedas casualmente e que é “muito simpático”. Estas declarações deixaram a candidatura de Carlos Moedas em silêncio, tendo em conta que PSD e CDS afastaram quaisquer coligações autárquicas com o Chega. 

O líder do Chega tem afastado a ideia de ser muleta do PSD nas autárquicas. “O Chega ou é para tudo ou não é para nada: não estamos cá só para os bons momentos”, disse André Ventura, em Abril passado, numa alusão ao facto de Rui Rio ter “aconselhado” José Manuel Bolieiro, líder do PSD-Açores, a não fazer alianças eleitorais com o Chega.

A linha vermelha ao Chega foi traçada em Janeiro deste ano, após as presidenciais, quando os líderes do PSD e do CDS anunciaram que o acordo-quadro que iriam assinar sobre as autárquicas, como é tradicional entre os dois partidos, excluiria uma única força política — o Chega. O mesmo afastamento aconteceu nas autárquicas das regiões autónomas, Madeira e Açores, apesar de neste último caso o Chega dar apoio parlamentar a um governo regional liderado pelo PSD.

Na entrevista, Nuno Graciano defende o aumento do número de residentes em Lisboa, a revisão da rede de transportes públicos e critica a proliferação de ciclovias na cidade. Assumindo que ainda está a “aprender” sobre Lisboa, o candidato quer reforçar os efectivos da Polícia Municipal, aumentar o número de esquadras e reabilitar a figura do guarda-nocturno.