Rui Moreira pede maioria absoluta para a Assembleia Municipal do Porto
Na apresentação da lista à assembleia municipal, o presidente da câmara advertiu que, sem maioria nos dois órgãos, é difícil fazer as reformas que a cidade precisa.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pediu esta quarta-feira aos portuenses uma maioria absoluta na assembleia municipal para o próximo mandato autárquico, considerando que só com um reforço do número de deputados será possível realizar as reformas que considera necessárias para a cidade.
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O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pediu esta quarta-feira aos portuenses uma maioria absoluta na assembleia municipal para o próximo mandato autárquico, considerando que só com um reforço do número de deputados será possível realizar as reformas que considera necessárias para a cidade.
“Precisamos de ver reforçada a nossa votação para assim conseguirmos garantir o número de deputados que nos possibilitará continuar a ter um Porto com voz, independente, com qualidade de vida e com o futuro que o Porto e os portuenses merecem”, declarou Rui Moreira, na apresentação da lista à Assembleia Municipal do Porto (AMP), que decorreu ao final da tarde desta quarta-feira, nos jardins do Palácio de Cristal.
Miguel Pereira Leite vai uma vez mais encabeçar a lista para a assembleia municipal que neste terceiro mandato apresenta muitas caras novas, no âmbito de um refrescamento que foi feito com o objectivo de este órgão ter uma maior votação nas eleições autárquicas que se avizinham.
Sublinhando que “outro galo cantaria” se o movimento pelo qual concorre tivesse maioria absoluta no executivo e também na assembleia, o autarca independente referiu que a sua candidatura tem vindo a afirmar a necessidade de o Porto ter uma voz forte, e mais importante, que seja ouvida. A assembleia municipal tem de ter aqui um papel fundamental, pois é o “consílio” para “se sentir o pulsar e a representatividade do Porto”.
“É uma casa que acolhe todas as vozes representativas da cidade, da esquerda à direita, umas mais reformistas e outras mais conservadoras, umas mais construtivas outras mais questionáveis”, explicou Rui Moreira sustentando que o “Porto deve continuar a ser forte e independente (…)”.
“A lista liderada por Miguel Pereira Leite é a garantia de vamos continuar a cumprir aquilo em que os portuenses têm vindo a acreditar ou seja: seremos sempre independentes das agendas centralistas e dos directórios partidários”, prometeu. “E para isso, a constituição da nossa lista de candidatos à assembleia municipal representa um exercício disruptivo de independência em contraste com o modus operandi dos partidos que, como se sabe, perpetuam os seus militantes no poder, fogem e têm medo da renovação e da regeneração que nós, aqui, orgulhosamente corporizamos”, reiterou Rui Moreira, lamentando que “as corporações, os jogos políticos (e até mesmo o clientelismo)” não permitam fazer as reformas que considera necessárias.
A título de exemplo, falou das dificuldades na aprovação do novo Plano Director Municipal, que “permitirá duplicar a área verde da cidade; aumentar a habitação acessível, tendo como pano de fundo a recuperação demográfica de uma classe média (…)”. “Para a aprovação deste importante e estrutural documento da cidade, mesmo debaixo de uma enorme discussão pública, fomos confrontados com ataques, mais ou menos alinhados com Lisboa, que só atrasaram o nosso trabalho”, insurgiu-se.
Também o cabeça de lista à AMP, Miguel Pereira Leite, pediu uma maioria absoluta para o próximo mandato. “Temos de fazer tudo por tudo para passar a mensagem e os próximos quatro anos serão fundamentais para o Porto. Vamos ser exigentes, não para fazer obras faraónicas, mas para cuidar das pessoas”, disse o presidente da Assembleia Municipal do Porto.