Qual a sua ideia de felicidade perfeita?
A propósito de “felicidades”, e ainda mais, “perfeitas”, ocorre-me aquela música do Tom Zé, Vai, que sob a aparência de um sambinha muito leve e feliz, é de uma felicidade sinistra que trata. Não a voltei a ouvir da mesma maneira e, pela sua ambiguidade, fiquei a gostar ainda mais dela. Foi composta no tempo da ditadura militar, cuja propaganda apregoava um país felicíssimo e, no fundo subjaz a ameaça do tens de se ser feliz à força ou és preso e massacrado: “Na hora ninguém escapa/ debaixo da cama/ ninguém se esconde/ a felicidade vai/ desabar sobre os homens (…) Menina, ela mete medo/ menina, ela fecha a roda/ menina, não tem saída (…)”. Aprendi no programa do Gregório Duvivier. Mas há um vídeo no Youtube em que o próprio Tom Zé explica toda a ironia desta felicidade “perfeitamente" apavorante.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Qual a sua ideia de felicidade perfeita?
A propósito de “felicidades”, e ainda mais, “perfeitas”, ocorre-me aquela música do Tom Zé, Vai, que sob a aparência de um sambinha muito leve e feliz, é de uma felicidade sinistra que trata. Não a voltei a ouvir da mesma maneira e, pela sua ambiguidade, fiquei a gostar ainda mais dela. Foi composta no tempo da ditadura militar, cuja propaganda apregoava um país felicíssimo e, no fundo subjaz a ameaça do tens de se ser feliz à força ou és preso e massacrado: “Na hora ninguém escapa/ debaixo da cama/ ninguém se esconde/ a felicidade vai/ desabar sobre os homens (…) Menina, ela mete medo/ menina, ela fecha a roda/ menina, não tem saída (…)”. Aprendi no programa do Gregório Duvivier. Mas há um vídeo no Youtube em que o próprio Tom Zé explica toda a ironia desta felicidade “perfeitamente" apavorante.