Uma escritora chega à ilha de Saint Croix no rasto de Regine Olsen, a namorada que Soren Kierkegaard abandonou para a transformar na sua musa eterna. Olsen viveu em Saint Croix com o marido em meados do século XIX, e a escritora procura naquele território que pertence às Ilhas Virgens Americanas não sabe bem o quê, alguma coisa que, intui, fará parte do romance que tem projectado. Mas a personagem hipotética vai-lhe escapando, como descreve num jogo biográfico em que narradora e autora se confundem até ao momento do desabafo, naquele período intermédio mágico, entre sono e despertar: “... Já percebi que estou realmente perto dessas águas, que a qualquer hora, acordada e senciente, continuarei o inevitável processo de distância & diluição — e decido não escrever esse romance. Abandonado o romance, pego nas histórias.”
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Uma escritora chega à ilha de Saint Croix no rasto de Regine Olsen, a namorada que Soren Kierkegaard abandonou para a transformar na sua musa eterna. Olsen viveu em Saint Croix com o marido em meados do século XIX, e a escritora procura naquele território que pertence às Ilhas Virgens Americanas não sabe bem o quê, alguma coisa que, intui, fará parte do romance que tem projectado. Mas a personagem hipotética vai-lhe escapando, como descreve num jogo biográfico em que narradora e autora se confundem até ao momento do desabafo, naquele período intermédio mágico, entre sono e despertar: “... Já percebi que estou realmente perto dessas águas, que a qualquer hora, acordada e senciente, continuarei o inevitável processo de distância & diluição — e decido não escrever esse romance. Abandonado o romance, pego nas histórias.”