Cientistas na China criaram ratos (machos) grávidos e nasceu uma polémica

Projecto implicou coser (literalmente) um macho castrado a uma fêmea para garantir a partilha da mesma circulação sanguínea. De um total de 280 tentativas com transferência de embriões, nasceram dez crias por cesariana e uma grande polémica.

Foto
Imagem mostra um embrião de rato que não foi usado nesta experiência REUTERS/Haruko Obokata/RIKEN Center for Developmental Biology

Uma nova experiência na China e uma nova polémica. Desta vez, o caso envolve ratos (machos) castrados que foram cosidos pelos cotovelos, joelhos e pele a algumas dezenas de fêmeas na tentativa de os engravidar. A experiência vem descrita num artigo divulgado em Junho e alguns investigadores admitem que o projecto até pode dar algumas pistas sobre a saúde reprodutiva, mas um grande e ruidoso grupo de cientistas reprova a desnecessária experiência que terá causado sofrimento nos animais em troca de pouco ou nenhum conhecimento útil. Foram usados 842 embriões em 46 pares de animais – daqueles embriões, 280 foram implantados em machos que geraram dez crias, ou seja, o trabalho acabou com uma taxa de sucesso de 4%.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Uma nova experiência na China e uma nova polémica. Desta vez, o caso envolve ratos (machos) castrados que foram cosidos pelos cotovelos, joelhos e pele a algumas dezenas de fêmeas na tentativa de os engravidar. A experiência vem descrita num artigo divulgado em Junho e alguns investigadores admitem que o projecto até pode dar algumas pistas sobre a saúde reprodutiva, mas um grande e ruidoso grupo de cientistas reprova a desnecessária experiência que terá causado sofrimento nos animais em troca de pouco ou nenhum conhecimento útil. Foram usados 842 embriões em 46 pares de animais – daqueles embriões, 280 foram implantados em machos que geraram dez crias, ou seja, o trabalho acabou com uma taxa de sucesso de 4%.