Portugal é o país que mais cortou na compra de carros após a pandemia
Números europeus do primeiro semestre mostram uma quebra de 36,7% face ao período homólogo de 2019.
Os consumidores da União Europeia (UE) compraram menos um milhão e meio de carros no primeiro semestre de 2021, face ao último ano pré-pandemia (2019) e Portugal contribuiu para essa quebra à medida da dimensão do seu pequeno mercado nacional. Foram menos 47 mil veículos, segundo os dados europeus hoje divulgados, o que é uma redução nominal muito aquém da da Alemanha, onde se venderam menos 458 mil carros neste primeiro semestre de 2021 face a 2019. Mas ponderada a dimensão do mercado antes da pandemia, verifica-se que Portugal foi o país onde mais se cortou na compra de carros.
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Os consumidores da União Europeia (UE) compraram menos um milhão e meio de carros no primeiro semestre de 2021, face ao último ano pré-pandemia (2019) e Portugal contribuiu para essa quebra à medida da dimensão do seu pequeno mercado nacional. Foram menos 47 mil veículos, segundo os dados europeus hoje divulgados, o que é uma redução nominal muito aquém da da Alemanha, onde se venderam menos 458 mil carros neste primeiro semestre de 2021 face a 2019. Mas ponderada a dimensão do mercado antes da pandemia, verifica-se que Portugal foi o país onde mais se cortou na compra de carros.
Em termos percentuais, a quebra nacional em 2021 face a 2019 é de 36,7%, a maior decréscimo de todo o espaço da UE. Só a Roménia (-34,1%) e a Espanha (-35%) têm mercados em que o registo de novas matrículas teve comportamentos com dimensão semelhante. A média europeia cifra-se num recuo de 22,5%.
Os dados revelados esta sexta-feira pela Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA), que representa os 15 maiores fabricantes, mostram como as coisas já melhoraram face a 2020. O volume de compras aumentou em todos os países (com excepção da Roménia). Na UE, o crescimento médio foi de 25,2%; em Portugal, a subida de 25,6% ficou acima da média europeia e a excepção romena saldou-se por um recuo de 4,9%.
Mas quando se compara as vendas do presente ano com as do último ano pré-pandemia (2019), verifica-se que o volume de compras diminuiu em todos os países, com excepção de um: a Suécia.
No país que esteve constantemente nas notícias por ter enveredado em menos restrições na actividade económica durante os piores momentos da crise sanitária, o mercado já está acima dos valores pré-pandemia, registando uma subida de 3,1%. Foram mais 5200 carros vendidos no primeiro semestre de 2021 face ao período homólogo de 2019.
E se alargarmos a análise aos países da EFTA e ao Reino Unido, então só há mais um país onde em 2021 já se vendem mais carros do que em 2019: a Noruega, campeã dos carros eléctricos. Neste país, o mercado cresce 7,3% face a 2019, com mais 5700 unidades vendidas entre Janeiro e Junho de 2021.
Por grupos de fabricantes, a liderança mantém-se na mão da Volkswagen, que aumentou ligeiramente a sua quota de mercado de 26,1% para 26,4%. No segundo lugar fica a Stellantis, agora com as vendas agregadas do grupo PSA e do grupo Fiat-Chrysler, que se fundiram em Janeiro. Juntos tinham uma quota de 22,1% em 2020 e agora detêm 23,1%.
No lote da frente, Renault, Daimler, Ford e Nissan perderam quota de mercado na UE durante este primeiro semestre de 2021.