Morreu Christian Boltanski, o artista da memória humana
De origem judia e um dos mais internacionais artistas franceses, Boltanski atravessou toda a segunda metade do século XX a exibir e a lembrar a dignidade dos rostos, das famílias, dos povos desaparecidos. Morreu esta quarta-feira, aos 76 anos.
Morreu o artista que rejeitava o esquecimento dos homens, que confiava na transmissão e na dignidade das imagens, que via na arte uma forma de honrar os mortos. Christian Boltanski, nascido no dia 6 de Setembro de 1944, na Paris libertada da ocupação nazi, morreu esta quarta-feira, com 76 anos, como noticia o diário francês Le Monde — não são conhecidas as causas de morte. É uma notícia que, neste presente, ganha um significado agudo, interpelador. De origem judia e um dos mais internacionais artistas franceses, Boltanski atravessou toda a segunda metade do século XX a exibir e a lembrar a dignidade dos rostos, das famílias, dos povos desaparecidos. Em instalações complexas, tocadas pela luz e sombra, recuperando vestuários e outros objectos de uso comum como fotografias transmitindo-as de geração para geração. Com a consciência penetrante, tragicómica, de que nenhuma imagem é, afinal, inocente.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Morreu o artista que rejeitava o esquecimento dos homens, que confiava na transmissão e na dignidade das imagens, que via na arte uma forma de honrar os mortos. Christian Boltanski, nascido no dia 6 de Setembro de 1944, na Paris libertada da ocupação nazi, morreu esta quarta-feira, com 76 anos, como noticia o diário francês Le Monde — não são conhecidas as causas de morte. É uma notícia que, neste presente, ganha um significado agudo, interpelador. De origem judia e um dos mais internacionais artistas franceses, Boltanski atravessou toda a segunda metade do século XX a exibir e a lembrar a dignidade dos rostos, das famílias, dos povos desaparecidos. Em instalações complexas, tocadas pela luz e sombra, recuperando vestuários e outros objectos de uso comum como fotografias transmitindo-as de geração para geração. Com a consciência penetrante, tragicómica, de que nenhuma imagem é, afinal, inocente.