Variante Delta é responsável por 100% das infecções na região de Lisboa e Algarve

Variante originalmente detectada na Índia mantém-se dominante em todas as regiões do país. A nível nacional, tem uma prevalência estimada de 88,6%. Nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve a variante Delta corresponde já ao total dos novos casos.

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Variante Delta é responsável por 100% das infecções na região de Lisboa Pedro Nunes/REUTERS

A variante Delta (B.1.617.2), originalmente detectada na Índia, é actualmente a variante do SARS-CoV-2 mais prevalente em Portugal, tendo registado uma frequência relativa de 88,6% na semana entre 28 de Junho e 4 de Julho, “mantendo-se dominante em todas as regiões”, de acordo com o relatório mais recente sobre a diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), divulgado esta terça-feira.

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A variante Delta (B.1.617.2), originalmente detectada na Índia, é actualmente a variante do SARS-CoV-2 mais prevalente em Portugal, tendo registado uma frequência relativa de 88,6% na semana entre 28 de Junho e 4 de Julho, “mantendo-se dominante em todas as regiões”, de acordo com o relatório mais recente sobre a diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), divulgado esta terça-feira.

Durante o mesmo período, a variante Delta revelou ter uma prevalência de 100% nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve. Seguem-se o Alentejo, com uma prevalência de 95%, o Norte (88,2%), o Centro (81,8%), o arquipélago da Madeira (79,2%) e os Açores (62,5%).

Há cerca de um mês, a prevalência da variante Delta era de 68,2% em Lisboa e Vale do Tejo, 48% no Algarve, 88,2% no Alentejo, 17,7% no Norte, 84,6% no Centro, 12,5% na Madeira e 0% nos Açores.

O Insa refere ainda que, do total de sequências da variante Delta analisadas até à data (1992), 56 apresentam a mutação adicional K417N na proteína spike e que a frequência relativa desta sublinhagem (denominada “AY.1” e conhecida como “Delta plus") “tem evidenciado uma tendência decrescente”, não tendo sido detectado qualquer caso na 26.ª semana do ano.

A variante Alfa (B.1.1.7), originalmente identificada no Reino Unido, continua com um decréscimo de frequência a nível nacional, tendo correspondido na última semana a 10,2% dos casos.

Também a prevalência das variantes Beta (B.1.351, detectada na África do Sul) e Gama (P.1, detectada no Brasil) “mantém-se baixa e sem tendência crescente — inferior a 1% — nas últimas amostragens a nível nacional”.

O Insa destaca ainda outra variante de interesse em circulação em Portugal: a linhagem B.1.621, inicialmente detectada na Colômbia, que apresentou uma prevalência à volta de 1% nas últimas semanas.

Quanto à variante Lambda (C.37), com “circulação vincada” nas regiões do Peru e do Chile, não se detectaram novos casos em Portugal.

O Insa analisou, até à data, 11.386 sequências do genoma do SARS-CoV-2, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições em 290 concelhos do país. Entre 31 de Maio e 4 de Julho, foram obtidas 2584 sequências de laboratórios de um total de 192 concelhos (incluindo Açores e Madeira).