Negócios nos serviços crescem, mas mantêm-se abaixo do nível anterior à pandemia

Actividades de informação e comunicação “são as únicas” que já apresentam um nível de volume de negócios acima do nível pré-pandemia.

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O comércio por grosso, e o comércio e reparação de automóveis e motociclos cresceram 28% em Maio em termos homólogos Rui Farinha/Público

O volume de negócios nos serviços aumentou 30,5% em Maio em relação ao mesmo mês do ano passado, mas, apesar da recuperação face à primeira fase da pandemia, continua ainda 11,1% abaixo dos valores de Maio de 2019, mostram dados publicados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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O volume de negócios nos serviços aumentou 30,5% em Maio em relação ao mesmo mês do ano passado, mas, apesar da recuperação face à primeira fase da pandemia, continua ainda 11,1% abaixo dos valores de Maio de 2019, mostram dados publicados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A variação homóloga de Maio foi inferior em 12,7 pontos percentuais em relação à progressão registada em Abril.

“Estes aumentos acentuados reflectem um efeito base, dado que a comparação incide em meses de 2020 muito afectados pela pandemia”, ressalva o INE.

Todas as secções “contribuíram positivamente para a variação do índice total”.

O INE destaca o comportamento do comércio por grosso e da venda e reparação de automóveis e motociclos, que deu o maior contributo para o resultado agregado, “originado pela variação homóloga de 27,7% (49,0% em Abril)”. Mesmo assim, a actividade continua abaixo dos níveis de Maio de 2019.

O alojamento, restauração e similares acelerou “de forma expressiva”, com uma variação homóloga de 120,6% e uma variação em cadeia de 38,5% em Maio.

Os transportes e armazenagem registaram uma variação de 36,4% face a Maio de 2020 e de 3,1% quando comparado com Abril deste ano. Nesta secção, diz o INE, “importa destacar a continuação da forte recuperação dos transportes aéreos, com uma variação homóloga de 135,1% (102,3% em Abril)”. No entanto, também aqui o volume de negócios permanece num valor abaixo do período comparável em 2019, sendo “ainda inferior em 64%” a Maio desse ano.

Olhando para Fevereiro de 2020, “o último mês pré-pandemia”, verifica-se que o alojamento, restauração e similares “continuou a apresentar a maior redução de actividade, superior a 30%”.

“Os transportes e armazenagem e as actividades administrativas e dos serviços de apoio ainda se mantêm mais de 20% abaixo do nível de actividade pré-pandemia”, da mesma forma que o comércio por grosso, a reparação de veículos automóveis e motociclos (excepto retalho) e as actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares “apresentam um volume de negócios ainda abaixo de 2020”. Pelo contrário, as actividades de informação e comunicação “são as únicas” que já apresentam um nível de volume de negócios acima do nível pré-pandémico.