Miguel Oliveira lamenta falta de apoios a atletas não olímpicos

O piloto português avançou ainda que não vê como um problema a ausência de desportos motorizados nos Jogos Olímpicos.

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LUSA/TIAGO PETINGA

“Há muitos recursos dados a atletas olímpicos que não são dados aos atletas não olímpicos”. O curto lamento – que a assessoria de imprensa não permitiu mais – é do piloto português Miguel Oliveira, em resposta à ausência dos desportos motorizados nos Jogos Olímpicos – facto que, para o piloto, não justifica a diferença de tratamento entre atletas.

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“Há muitos recursos dados a atletas olímpicos que não são dados aos atletas não olímpicos”. O curto lamento – que a assessoria de imprensa não permitiu mais – é do piloto português Miguel Oliveira, em resposta à ausência dos desportos motorizados nos Jogos Olímpicos – facto que, para o piloto, não justifica a diferença de tratamento entre atletas.

Em dias pré-Tóquio, com os Jogos Olímpicos à porta, Miguel Oliveira, que desejou boa sorte a todos os portugueses no Japão, foi desafiado pelo PÚBLICO a pensar na possibilidade de os desportos motorizados, em automóveis ou motos, terem um evento nas Olimpíadas.

O piloto português, em pausa no Mundial de MotoGP, compreende que os motores não estejam na esfera olímpica. “Olhando para a história, acho que o objectivo dos Jogos é ver o homem que quer ir mais além. Não acredito que os motores acrescentassem algo à competição”, apontou, nesta terça-feira.

Confrontado com a presença olímpica de modalidades como ciclismo, vela ou hipismo, todas com elementos extra-humanos, o piloto sorriu, mas manteve a posição: “Claro que é uma questão que depende da opinião de cada um. Mas sinceramente não sei se [os Jogos] tinham muito a ganhar”.

As respostas de Oliveira foram dadas à margem do evento de apresentação do novo patrocinador do piloto. A Brisa e a Via Verde são as novas parceiras do actual sétimo classificado do Mundial de MotoGP, mas o acordo de cooperação é, para já, limitado às plataformas digitais.

Questionado sobre se teria o símbolo da Via Verde no capacete ou na moto, o piloto português explicou que este acordo já não vai a tempo disso, porque os contratos comerciais para esta temporada já estão todos assinados.

“O plano é optimizar recursos digitais, mas esperamos que, no futuro, a Via Verde possa estar no meu espaço pessoal [capacete, fato e moto]”, explicou o piloto, cuja assessoria não permitiu perguntas do âmbito desportivo.

António Pires de Lima, presidente da Comissão Executiva da Brisa, recusou avançar qual foi o valor pago pela empresa neste patrocínio a Miguel Oliveira, explicando apenas que o alcance do piloto junto de faixas etárias jovens permitirá capitalizar as próximas iniciativas da marca.