Covid-19: ocupação dos cuidados intensivos está acima de 50%

Lisboa e Vale do Tejo está a 99% do limite regional de 84 camas. O Algarve, que conta 15 doentes em UCI, está com 150% do seu limiar. Taxa de testes positivos ultrapassou os 4%, apesar de um aumento no número de amostras processadas.

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RELATÓRIO LINHAS VERMELHAS

A pressão sobre as unidades de cuidados intensivos do país continua a acompanhar a tendência de subida do número de casos de infecção. Portugal chegou à taxa de ocupação de 56% do limiar definido como crítico de 245 camas ocupadas, de acordo com relatório semanal de monitorização das “linhas vermelhas” elaborado pela Direcção-Geral da Saúde e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

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A pressão sobre as unidades de cuidados intensivos do país continua a acompanhar a tendência de subida do número de casos de infecção. Portugal chegou à taxa de ocupação de 56% do limiar definido como crítico de 245 camas ocupadas, de acordo com relatório semanal de monitorização das “linhas vermelhas” elaborado pela Direcção-Geral da Saúde e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

O valor presente no relatório é relativo a 7 de Julho, e a tendência mantém-se no relatório desta sexta-feira: na quinta-feira 141 camas de UCI ocupadas, o equivalente a 57,5% do limite demarcado. No relatório da semana passada, a taxa de ocupação do país era de 46%.

As unidades mais pressionadas são as da região de Lisboa e Vale do Tejo, que com 60% do total de casos em UCI do país está a 99% do limite regional de 84 camas (82 ocupadas), e a região do Algarve, com 15 doentes em UCI, 150% do limite.

O relatório de monitorização desta sexta-feira avança ainda que a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 está agora acima do limite de 4% definido pela primeira vez desde finais de Fevereiro. Nos últimos sete dias foi de 4,5%, uma subida face aos 3,2%. A subida da taxa de positividade é acompanhada também por um “aumento de testes realizados": foram feitos nos últimos sete dias 435.361, um aumento de 11% face aos 390.241 reportados no último relatório.

Olhando para matriz de risco, é possível observar que todas as regiões do país estão na “zona vermelha”, com o Algarve a estar bem dentro dessa zona de risco muito elevado, excedendo os 650 casos por 100 mil habitantes e com um índice de transmissibilidade superior a 1,2. Neste último indicador, o Norte lidera com um R(t) de 1,34, tal como já tinha sido avançado esta sexta-feira no relatório sobre a curva epidémica do INSA.

Relativamente à incidência, o relatório dá conta de 287 casos por 100 mil habitantes a 14 dias registados a 7 de Julho, mantendo o padrão que se tem vindo a verificar. O maior salto foi verificado na região Norte, com um aumento de 90% face à semana anterior, de 99 casos por 100 mil habitantes para 188.

Lisboa e Vale do Tejo também ultrapassou a linha dos 240 casos por cem mil habitantes, tal como o Algarve e o país como um todo. A manterem-se as taxas de crescimento actuais, estima-se que o limiar também seja atingido pelo Norte, Centro e Alentejo “em menos de 15 dias”.

A faixa etária com maior incidência continua a ser a dos jovens entre os 20 e os 29 anos, com 651 casos por 100 mil habitantes, ainda que “todos os grupos etários apresentem uma tendência crescente. A título de exemplo, o grupo etário de mais de 80 anos tem uma incidência de 56 casos, que reflecte um “risco de infecção inferior ao risco para a população em geral”, mas ainda assim 30% superior à de semana passada.

A variante Delta é a “mais prevalente em Portugal”, responsável por 88% dos casos na última semana analisada, de 21 a 27 de Junho. Foram ainda identificados, durante este período, quatro novos casos da variante Delta Plus, elevando o total no país para 55.