As penas exemplares aplicadas pela Inspecção-Geral de Educação e Ciência ao Colégio Ribadouro e à sua directora pedagógica são muito mais do que a simples consequência de uma fiscalização burocrática para punir o incumprimento de regras. São um aviso que pode marcar o princípio do fim da impunidade que criava no sistema de ensino uma discriminação inaceitável entre alunos de algumas escolas privadas e todos os demais. Ao inflacionar notas internas – é o que nos diz a IGEC –, colégios como o Ribadouro estavam a favorecer sem o mínimo de pudor os seus clientes, permitindo-lhes obter algumas décimas a mais na média final do secundário que por vezes são determinantes para o acesso aos cursos universitários mais procurados. Como essa corrida pela média é legítima e naturalmente um factor de escolha dos encarregados de educação, a inflação das notas tornou-se um negócio florescente baseado na fraude e na discriminação.
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As penas exemplares aplicadas pela Inspecção-Geral de Educação e Ciência ao Colégio Ribadouro e à sua directora pedagógica são muito mais do que a simples consequência de uma fiscalização burocrática para punir o incumprimento de regras. São um aviso que pode marcar o princípio do fim da impunidade que criava no sistema de ensino uma discriminação inaceitável entre alunos de algumas escolas privadas e todos os demais. Ao inflacionar notas internas – é o que nos diz a IGEC –, colégios como o Ribadouro estavam a favorecer sem o mínimo de pudor os seus clientes, permitindo-lhes obter algumas décimas a mais na média final do secundário que por vezes são determinantes para o acesso aos cursos universitários mais procurados. Como essa corrida pela média é legítima e naturalmente um factor de escolha dos encarregados de educação, a inflação das notas tornou-se um negócio florescente baseado na fraude e na discriminação.