Da sexualidade ao bullying: questões que preocupam os jovens na saúde “ainda não têm resposta”

“A forma de abordar as questões em pessoas com 10, 15 ou 20 anos não é a mesma do que com 30, 40, 50 ou 60. Nós tendemos a ter uma aproximação de medida única...”, diz Henrique Barros, presidente do Conselho Nacional de Saúde.

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O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Henrique Barros, disse esta sexta-feira que as questões de saúde que preocupam os jovens, “como a saúde sexual, o bullying e as perturbações de natureza psicológica” fazem parte da sua realidade, mas “ainda não têm resposta”.

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O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Henrique Barros, disse esta sexta-feira que as questões de saúde que preocupam os jovens, “como a saúde sexual, o bullying e as perturbações de natureza psicológica” fazem parte da sua realidade, mas “ainda não têm resposta”.

Depois de uma audiência com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, em que fez um “balanço positivo” do seu primeiro mandato, Henrique Barros sublinhou a importância de auscultar os diferentes sectores da sociedade para a tomada de decisões.

“A Organização Mundial de Saúde considerou que esta forma de aconselhamento promovia a participação das diferentes partes interessadas na saúde e que era, por isso, uma boa prática” que pensa a promoção da saúde e dos cuidados, bem como da prevenção da doença, “numa perspectiva de baixo para cima”, disse o presidente do Conselho Nacional de Saúde à Agência Lusa.

A visão dos jovens, consagrada na Agenda da Juventude 2030, criou “um corpo de ideias e propostas que vem dos principais interessados no futuro da saúde” individual e colectiva, tendo trazido perspectivas que “às vezes não são vistas”, frisou Henrique Barros.

“A forma de abordar as questões em pessoas com 10, 15 ou 20 anos não é a mesma do que com 30, 40, 50 ou 60. Nós tendemos a ter uma aproximação de medida única...”, acrescentou.

Em relação à pandemia de covid-19, que marcou “grande parte” do seu mandato, Henrique Barros expôs que o “Conselho teve a preocupação de transmitir o conhecimento das ordens profissionais, doentes, representantes das entidades económicas e sociais, universidades e politécnicos”, o que permitiu “apresentar um conjunto de propostas que podem não ter sido tão ouvidas” como seria de desejar, “mas que podem sempre ser revisitadas no futuro”.