Parece que é desta. Adiado por duas vezes, devido aos confinamentos impostos pela pandemia, a peça que junta três “jovens” companhias do meio teatral português parece, finalmente, passar dos ensaios à estreia e às apresentações que se seguirão. A Nossa Cidade, texto experimental na sua proposta de meta-teatralidade, escrito pelo norte-americano Thornton Wilder em 1938, chega agora ao Teatro do Bairro Alto, Lisboa (desta quinta-feira a 18 de Julho), numa parceria artística entre o Auéééu Teatro, Os Possessos e o Teatro da Cidade. Três companhias e onze actores (Beatriz Brás, Catarina Rôlo Salgueiro, Filipe Velez, Guilherme Gomes, Leonor Buescu, Isabel Costa, João Silva, Joana Manaças, Miguel Cunha, Nídia Roque e Sérgio Coragem) para dar forma à vida da cidade de Grover’s Corner, em que nada de especial parece passar-se. Há vidas bem compostas e regradas, sonhos de uma existência fora dali entre os mais novos, o habitual bêbedo da terra que traz alguma agitação a noites de resto indistintas, amores a brotar, casamentos a ganhar forma no horizonte, sonhos de uma existência fora dali a esfumar-se e a conduzir ao conformismo e à perpetuação do mesmo ciclo entalado entre vida e morte.
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Parece que é desta. Adiado por duas vezes, devido aos confinamentos impostos pela pandemia, a peça que junta três “jovens” companhias do meio teatral português parece, finalmente, passar dos ensaios à estreia e às apresentações que se seguirão. A Nossa Cidade, texto experimental na sua proposta de meta-teatralidade, escrito pelo norte-americano Thornton Wilder em 1938, chega agora ao Teatro do Bairro Alto, Lisboa (desta quinta-feira a 18 de Julho), numa parceria artística entre o Auéééu Teatro, Os Possessos e o Teatro da Cidade. Três companhias e onze actores (Beatriz Brás, Catarina Rôlo Salgueiro, Filipe Velez, Guilherme Gomes, Leonor Buescu, Isabel Costa, João Silva, Joana Manaças, Miguel Cunha, Nídia Roque e Sérgio Coragem) para dar forma à vida da cidade de Grover’s Corner, em que nada de especial parece passar-se. Há vidas bem compostas e regradas, sonhos de uma existência fora dali entre os mais novos, o habitual bêbedo da terra que traz alguma agitação a noites de resto indistintas, amores a brotar, casamentos a ganhar forma no horizonte, sonhos de uma existência fora dali a esfumar-se e a conduzir ao conformismo e à perpetuação do mesmo ciclo entalado entre vida e morte.