Variante Delta corresponde a quase 90% dos casos em Portugal na última semana
Na última semana de Junho, a variante Delta foi responsável por 89,1% dos casos de infecção pelo novo coronavírus em Portugal. As regiões do Porto, Madeira e Açores registaram os aumentos mais significativos da variante ao longo do mês.
A variante Delta é a variante prevalecente em Portugal, com uma frequência relativa de 89,1% na última semana de Junho, conclui o relatório da diversidade genética do novo coronavírus, SARS-CoV-2, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa) e divulgado esta terça-feira. Este valor inclui a prevalência da variante Delta (B.1.617.2) e da mutação Delta plus (AY.1), que representa 0,9% dos casos naquela semana.
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A variante Delta é a variante prevalecente em Portugal, com uma frequência relativa de 89,1% na última semana de Junho, conclui o relatório da diversidade genética do novo coronavírus, SARS-CoV-2, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa) e divulgado esta terça-feira. Este valor inclui a prevalência da variante Delta (B.1.617.2) e da mutação Delta plus (AY.1), que representa 0,9% dos casos naquela semana.
Na sexta-feira, no relatório semanal de monitorização das “linhas vermelhas” elaborado pela Direcção-Geral da Saúde e pelo Insa, a prevalência desta variante Delta era de 69,5% na penúltima semana de Junho (de 14 a 20), com uma estimativa de 85% para a semana seguinte (de 21 a 27) — valores ligeiramente abaixo dos divulgados esta terça-feira. Na penúltima semana de Junho, o relatório da diversidade genética atribui uma prevalência de 72,4% à variante Delta.
Como era esperado, a frequência desta variante, originalmente detectada na Índia, aumentou em todas as regiões durante o mês de Junho. Destacam-se a região norte, com um aumento de 17,7% no início do mês para 71,1% no final, a Madeira, de 12,5% para 85,7%, e os Açores, de 0% para 64,7%.
Além disso, do total de 1505 sequências da variante Delta analisadas até à data, 55 apresentam a mutação adicional K417N na proteína spike. No entanto, esta sublinhagem da variante (denominada “AY.1” e conhecida como “Delta plus") não demonstrou uma tendência crescente na amostragem nacional de Junho, com uma frequência relativa inferior a 1% na última semana do mês.
A variante Alfa (B.1.1.7), originalmente identificada no Reino Unido, continua com um forte decréscimo de frequência a nível nacional, e na última semana correspondeu a 9,8% dos casos. Também a prevalência das variantes Beta (B.1.351, detectada na África do Sul) e Gama (P.1, detectada no Brasil) se mantém reduzida e sem tendência crescente nas últimas amostragens a nível nacional.
O Insa destaca ainda outra variante de interesse já detectada em Portugal: a linhagem B.1.621, inicialmente detectada na Colômbia, corresponde a entre 1,0% e 0,4% das infecções durante o mês de Junho. A variante Lambda (C.37), com circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile, foi detectada em apenas dois casos em Portugal, desde Abril de 2021.