Ex-director da PJ Militar Luís Vieira condenado por violação de segredo de justiça
O coronel Luís Vieira é arguido no processo de Tancos e, segundo o Ministério Público, um dos implicados na encenação da recuperação do material furtado dos paióis.
O ex-director da Polícia Judiciária Militar Luís Vieira foi esta terça-feira condenado por violação de segredo de justiça ao pagamento de uma multa de 2.400 euros, no Tribunal Criminal de Lisboa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O ex-director da Polícia Judiciária Militar Luís Vieira foi esta terça-feira condenado por violação de segredo de justiça ao pagamento de uma multa de 2.400 euros, no Tribunal Criminal de Lisboa.
O coronel Luís Vieira, que é arguido no processo de Tancos e, segundo o Ministério Público, um dos implicados na encenação da recuperação do material furtado dos paióis, começou em Março a ser julgado por violação de segredo de justiça por ter partilhado informações da investigação com o antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes e outros militares.
Na leitura da sentença, a juíza salientou que violar segredo de justiça é um atentado ao estado de direito e que a conduta do coronel foi grave pelas funções que exercia.
A defesa do ex-director da PJM já disse que ia recorrer da sentença.
Para o Ministério Público, Luís Vieira violou o segredo de justiça quando partilhou, por diversas vezes e com vários intervenientes, informações do processo criminal sobre o furto do armamento que estava a ser investigado e às quais teve acesso pelas funções que exercia na Polícia Judiciária Militar.