Tencent utiliza reconhecimento facial para impedir menores de jogarem durante a noite

Quem falhar o teste de reconhecimento artificial depois das 22h, fica com o acesso barrado.

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O sistema já é usado para evitar que os mais novos comprem conteúdo premium acidentalmente Enric Vives-Rubio

A tecnológica chinesa Tencent, que também desenvolve videojogos e detém parcialmente a Epic Games (criadora do Fortnite), anunciou esta segunda-feira que vai começar a utilizar reconhecimento facial para evitar que menores na China se façam passar por adultos para poderem passar a noites toda a jogar. O sistema já é utilizado para evitar que os mais novos comprem conteúdo premium acidentalmente. 

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A tecnológica chinesa Tencent, que também desenvolve videojogos e detém parcialmente a Epic Games (criadora do Fortnite), anunciou esta segunda-feira que vai começar a utilizar reconhecimento facial para evitar que menores na China se façam passar por adultos para poderem passar a noites toda a jogar. O sistema já é utilizado para evitar que os mais novos comprem conteúdo premium acidentalmente. 

A informação foi partilhada no canal oficial da Tencent na aplicação de mensagens WeChat. Segundo guias de 2019 do Partido Comunista Chinês, os jogadores com menos de 18 anos só devem aceder a plataformas de videojogos entre as 8h e as 22h e os menores de 16 anos só devem gastar até 400 yuan (cerca de 52 euros) por mês em videojogos. 

Para garantir que os utilizadores respeitam as regras, os utilizadores a jogar nas plataformas da Tencent passam a receber avisos periódicos para confirmarem a sua identidade através de tecnologia de reconhecimento facial. Isto é possível porque as pessoas devem fornecer um documento de identidade quando se registam para jogar. Quem rejeitar os avisos ou falhar o teste de reconhecimento artificial, é considerado menor de idade e fica com o acesso barrado. 

O sistema já está disponível em mais de 60 jogos de computador da empresa.

Desde meados de 2020 que a Tencent está a tentar impedir que menores de idade escapem às limitações ao utilizar as contas dos encarregados de educação. Em 2017, o jogo Honor of Kings, que é um dos mais populares da empresa, foi criticado no jornal oficial do Partido Comunista Chinês, o Diário do Povo, que o descreveu como “droga” e “veneno”.

Actualmente, as contas para menores da empresa apenas permitem 90 minutos de jogo por dia durante a semana e três horas por dia durante as férias.