Tiago Rodrigues: “Conquistei o mais belo festival do mundo com uma carta de amor”
Aos 44 anos, um criador português chegou ao topo da pirâmide social do teatro europeu: a partir de 2022, trocará o Teatro Nacional D. Maria II pelo Festival de Avignon. Uma escolha “evidente”, disse a ministra da Cultura francesa na hora do anúncio.
À responsabilidade de abrir a 75.ª edição daquele que diz ser “o mais belo festival do mundo”, Tiago Rodrigues somou esta segunda-feira, aos 44 anos, a missão “incomensurável”, segundo o seu antecessor no cargo, Olivier Py, de ser o próximo director do Festival de Avignon. O anúncio, feito ao final da manhã pela ministra da Cultura francesa, Roselyne Bachelot — que destacou a “profunda poesia” do projecto apresentado pelo encenador e dramaturgo português, e o seu compromisso de aliar a “ambição europeia” que lhe é marca de água a uma “ancoragem territorial forte e sincera” —, não parece pesar muito, pelo menos para já, nos ombros do ainda director artístico do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII). Será do “porte de lenhador” que a revista Télérama lhe atribuía há dias, apontando-o já como possível sucessor do mítico fundador Jean Vilar, ou, mais verosimilmente, do arcaboiço que a sua fulgurante inscrição no panorama internacional, e particularmente em França, lhe foi dando ao longo dos últimos anos: o certo é que, como a própria Roselyne Bachelot admitiu antes de proferir o nome que já todos adivinhavam, a sua chegada ao topo do mundo da pirâmide social do teatro europeu, que se consumará a 1 de Setembro de 2022, “impôs-se de forma muito evidente e natural”.
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À responsabilidade de abrir a 75.ª edição daquele que diz ser “o mais belo festival do mundo”, Tiago Rodrigues somou esta segunda-feira, aos 44 anos, a missão “incomensurável”, segundo o seu antecessor no cargo, Olivier Py, de ser o próximo director do Festival de Avignon. O anúncio, feito ao final da manhã pela ministra da Cultura francesa, Roselyne Bachelot — que destacou a “profunda poesia” do projecto apresentado pelo encenador e dramaturgo português, e o seu compromisso de aliar a “ambição europeia” que lhe é marca de água a uma “ancoragem territorial forte e sincera” —, não parece pesar muito, pelo menos para já, nos ombros do ainda director artístico do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII). Será do “porte de lenhador” que a revista Télérama lhe atribuía há dias, apontando-o já como possível sucessor do mítico fundador Jean Vilar, ou, mais verosimilmente, do arcaboiço que a sua fulgurante inscrição no panorama internacional, e particularmente em França, lhe foi dando ao longo dos últimos anos: o certo é que, como a própria Roselyne Bachelot admitiu antes de proferir o nome que já todos adivinhavam, a sua chegada ao topo do mundo da pirâmide social do teatro europeu, que se consumará a 1 de Setembro de 2022, “impôs-se de forma muito evidente e natural”.