Serra de Monchique, a bomba incendiária pronta a explodir

Decorridos três anos após o último grande fogo, a mata de Monchique continua a ser um barril de pólvora. Mais de 35 mil toneladas de madeira queimada ficaram deixadas ao abandono no meio da floresta

Foto
Duarte Drago

As bermas da Estrada Nacional (EN) 266), a via principal de acesso a Monchique, estão cobertas de pasto seco com mais de meio metro de altura. Na encosta sul da montanha, o calor do sol aquece a pedra xistosa, a esteva liberta verniz que se cola à pele de quem se aproxima. O material combustível está lá, pronto a arder. A Câmara de Monchique estima em cinco mil toneladas de madeira, empilhada junto às vias do interior, à espera de ser escoada para as centrais de biomassa. A esta situação, junta-se mais 30 mil toneladas de árvores ardidas, no meio da mata verdejante. “Temos um barril de pólvora à porta”, denuncia o presidente da Câmara, Rui André, acrescentando que o alerta foi dado ao ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, com conhecimento a outras entidades públicas, há cerca de dois meses. “Não tive resposta”, denuncia. O autarca pediu uma reunião “com carácter de urgência” a fim de ser encontrada uma solução para um problema, como escreveu, “grave e que não pode ser mais adiado”.

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As bermas da Estrada Nacional (EN) 266), a via principal de acesso a Monchique, estão cobertas de pasto seco com mais de meio metro de altura. Na encosta sul da montanha, o calor do sol aquece a pedra xistosa, a esteva liberta verniz que se cola à pele de quem se aproxima. O material combustível está lá, pronto a arder. A Câmara de Monchique estima em cinco mil toneladas de madeira, empilhada junto às vias do interior, à espera de ser escoada para as centrais de biomassa. A esta situação, junta-se mais 30 mil toneladas de árvores ardidas, no meio da mata verdejante. “Temos um barril de pólvora à porta”, denuncia o presidente da Câmara, Rui André, acrescentando que o alerta foi dado ao ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, com conhecimento a outras entidades públicas, há cerca de dois meses. “Não tive resposta”, denuncia. O autarca pediu uma reunião “com carácter de urgência” a fim de ser encontrada uma solução para um problema, como escreveu, “grave e que não pode ser mais adiado”.