Porque é que os portugueses não têm mais filhos? “Por falta de vontade”

As descendências numerosas são, definitivamente, um capítulo arrumado. Mais do que pelos constrangimentos sócio-económicos, os portugueses não têm mais filhos porque não querem, adianta um estudo do INE. Quanto aos 10% dos portugueses que não os têm nem querem ter, pesa, além da falta de vontade, o medo de um “apocalipse climático”.

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Os portugueses têm cada vez mais dificuldades em fazer a transição para o segundo filho Paulo Pimenta (arquivo)

Mais do que os constrangimentos sócio-económicos, o sítio onde se mora, a escolaridade ou o facto de se trabalhar por conta própria ou de outrem, o que pesa na decisão dos portugueses terem ou não filhos é, “acima de tudo, uma questão de vontade”. “Tanto no primeiro como no segundo ou mais filhos, a vontade revelou-se mesmo como a razão essencial no projecto de parentalidade. Claro que questões financeiras ou ligadas ao trabalho podem influir sobre essa vontade, mas, entre as várias possibilidades de resposta, as pessoas elegeram a vontade como a principal razão”, enfatizou ao PÚBLICO a socióloga Maria João Valente Rosa, que foi uma das convidadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a analisar os dados do Inquérito à Fecundidade 2019.

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Mais do que os constrangimentos sócio-económicos, o sítio onde se mora, a escolaridade ou o facto de se trabalhar por conta própria ou de outrem, o que pesa na decisão dos portugueses terem ou não filhos é, “acima de tudo, uma questão de vontade”. “Tanto no primeiro como no segundo ou mais filhos, a vontade revelou-se mesmo como a razão essencial no projecto de parentalidade. Claro que questões financeiras ou ligadas ao trabalho podem influir sobre essa vontade, mas, entre as várias possibilidades de resposta, as pessoas elegeram a vontade como a principal razão”, enfatizou ao PÚBLICO a socióloga Maria João Valente Rosa, que foi uma das convidadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a analisar os dados do Inquérito à Fecundidade 2019.