PAN realiza primeiras jornadas parlamentares com foco no ambiente

Jornadas decorrem segunda e terça-feira, num modelo misto através da Internet e também presencial, na zona de Leiria.

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O PAN realiza as suas primeiras jornadas parlamentares na segunda e terça-feira, num modelo misto através da Internet e também presencial, na zona de Leiria, tendo como foco o ambiente e a resposta à crise climática.

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O PAN realiza as suas primeiras jornadas parlamentares na segunda e terça-feira, num modelo misto através da Internet e também presencial, na zona de Leiria, tendo como foco o ambiente e a resposta à crise climática.

Com o mote “Travar o ponto de não retorno, acção de resposta à crise climática”, as jornadas do grupo parlamentar do PAN (que tem três deputados) arrancam na segunda-feira de manhã com debates online e a terça-feira será dedicada a visitas na zona de Leiria.

No primeiro dia, as sessões de abertura e encerramento caberão à líder parlamentar, Bebiana Cunha.

Os painéis de debate vão abordar temas como o impacto da actividade pecuária no ambiente e na saúde pública, a protecção dos oceanos, a transição energética ou as alterações climáticas e vão contar com a visão de especialistas e associações convidadas.

Já no segundo dia, os deputados do Pessoas-Animais-Natureza vão visitar o Pinhal de Leiria, a ribeira dos Milagres e o canil municipal de Leiria.

A sessão de encerramento das jornadas parlamentares está marcada para o final da manhã de terça-feira, no Mercado de Sant'Ana, em Leiria, e contará com uma intervenção da porta-voz do PAN, e deputada, Inês de Sousa Real.

Em declarações à Lusa, a líder referiu que as primeiras jornadas parlamentares que o PAN organiza “vão ser muito focadas nesta preocupação ambiental” e vão ter “um conjunto de intervenções ao longo destes dois dias e também de formação”, contando com a “participação de diferentes especialistas que trabalham nestas áreas, do arvoredo, gestão florestal e matérias relacionadas com o mar”.

“Queremos aportar não só conhecimento e ouvir os diferentes especialistas para as várias iniciativas que depois ainda vamos apresentar ao longo da próxima sessão legislativa e também possibilitar aos nossos filiados, às diferentes estruturas, a participação, aproximando assim o trabalho do grupo parlamentar, das estruturas internas e também do conhecimento científico”, defendeu. Quanto às visitas, vão permitir uma aproximação “da realidade local”.

“O local escolhido foi Leiria precisamente não só para marcar aquilo que foi uma das maiores tragédias que atingiu o país nos incêndios de Pedrógão Grande, mas também aquilo que é uma preocupação do ponto de vista ambiental que o partido tem tido quer com a questão do combate aos afluentes e a importância que tem garantirmos que existe aqui um planeamento adequado para a gestão dos afluentes pecuários e o impacto que isto tem no meio ambiente, nomeadamente nos lençóis freáticos, nos rios, na qualidade de vida das populações e também ambiental”, explicou a porta-voz e deputada.

Inês Sousa Real criticou também a gestão florestal, que considerou “inexistente”, e indicou que o partido vai dar também atenção ao mar. “Nós precisamos de ter um grande tratado do mar, e o PAN vai dar entrada de uma iniciativa legislativa para a criação de um tratado internacional do mar, para que Portugal seja promotor da criação deste tratado do mar”, anunciou, considerando que o oceano “tem sido encarado um bocadinho como uma terra de ninguém”.

Na óptica do PAN, “tem de existir uma política de preservação, regeneração e recuperação dos habitats e ecossistemas marinhos, o que não tem acontecido”.

Também em declarações à Lusa, a líder parlamentar do PAN destacou que este será um momento de debate interno que o partido quer que seja “aberto à sociedade civil e à academia”, por forma a “trazer conhecimento externo”. “Esperamos que seja um momento de debate profícuo para aquele que é o caminho que no parlamento temos de fazer”, defendeu.

Quanto ao facto de as iniciativas do primeiro dia de jornadas serem todas na Internet, Bebiana Cunha explicou que facilita que “este momento do grupo parlamentar possa ser estendido a outras figuras internas do partido” e permite também “reduzir a pegada ambiental”, pela ausência de deslocações.