Longevidade de Federer perdura em Wimbledon

Suíço apurou-se pela 18.ª vez para os “oitavos” do Grand Slam britânico. Emma Raducanu é a revelação do torneio feminino.

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Roger Federer num momento do encontro com Cameron Norrie Reuters/TOBY MELVILLE

Roger Federer continua a estabelecer novas marcas de longevidade. Ao vencer Cameron Norrie na terceira ronda do Torneio de Wimbledon, o suíço de 39 anos tornou-se no mais velho tenista desde 1975 a chegar tão longe na etapa britânica do Grand Slam. E melhorou mais dois recordes seus ao atingir os oitavos-de-final: 18.ª vez em Wimbledon e 69.ª em majors.

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Roger Federer continua a estabelecer novas marcas de longevidade. Ao vencer Cameron Norrie na terceira ronda do Torneio de Wimbledon, o suíço de 39 anos tornou-se no mais velho tenista desde 1975 a chegar tão longe na etapa britânica do Grand Slam. E melhorou mais dois recordes seus ao atingir os oitavos-de-final: 18.ª vez em Wimbledon e 69.ª em majors.

“Estou super-aliviado pois foi uma dura batalha”, admitiu Federer, após bater o finalista do Millennium Estoril Open, por 6-4, 6-4, 5-7 e 6-4. “Foi bom viver novamente essa experiência de ver o público a puxar pelo meu adversário, depois do terceiro set. Mas senti-me bem, com boa atitude, boas decisões e fiquei muito satisfeito com a minha exibição”, afirmou o suíço, autor de 48 winners (incluindo sete ases) e vencedor de 66% dos pontos disputados com o seu segundo serviço.

Federer vai agora defrontar o italiano Lorenzo Sonego (27.º) – responsável pela eliminação de Pedro Sousa na ronda inaugural –, mas muitos já antecipam o confronto dos quartos-de-final com Daniil Medvedev (2.º) que, pela primeira vez, recuperou de 0-2 em sets para derrotar Marin Cilic (37.º), por 6-7 (3/7), 3-6, 6-3, 6-3 e 6-2.

Outro tenista muito querido dos fãs, Nick Kyrgios foi forçado a abandonar o encontro com o canadiano Félix Auger-Aliassime, depois de ganhar o set inicial. Mas a 1-4, uma dor abdominal impediu-o de servir a 100%. Mesmo assim, o australiano de 26 anos entrou para a história de Wimbledon – que, este ano, passou a entrevistar, nos principais courts, os vencedores – ao ser o primeiro a responder a algumas perguntas na condição de derrotado.

O ténis australiano continua bem representado no quadro feminino, a começar por Ashleigh Barty, que afastou a checa Katerina Siniakova (64.ª), por 6-3, 7-5. Nas última nove presenças em torneios do Grand Slam, a líder do ranking chegou sempre à segunda semana, com excepção do último Roland Garros, onde uma lesão a forçou a abandonar na segunda ronda. Nos oitavos, Barty vai defrontar a recém-campeã de Roland Garros, Barbora Krejcikova (17.ª), habitual parceira de pares de Siniakova.

A também australiana Ajla Tomlajnovic (75.ª) eliminou a recém campeã de Eastbourne, Jelena Ostapenko (34.ª), e vai agora defrontar a grande revelação do torneio feminino, Emma Raducanu (338.ª).

Nascida há 18 anos no Canadá, filha de pai romeno e mãe chinesa, Raducanu é a mais nova britânica a chegar aos oitavos-de-final de Wimbledon na Era Open. “Estou muito agradecida ao All England Club por apostar em mim. Sempre que abordo os encontros, penso: ‘alguém tem que estar na segunda semana, porque não eu?’”, contou a teenager.

O torneio de Wimbledon recomeça na segunda-feira, mas este será o último ano em que não haverá competição no Middle Sunday.