Britney Spears: fundo de gestão de fortunas não quer administrar bens da cantora
O Fundo Bessemer pediu ao tribunal que aprove a sua demissão, citando “a alteração das circunstâncias”, depois de Britney Spears “ter alegado danos irreparáveis aos seus interesses”.
O Fundo Bessemer, uma empresa de gestão de fortunas e investimentos, que tinha sido designada como co-curadora dos bens de Britney Spears, deu entrada com um pedido em tribunal, na quinta-feira, para que lhe seja retirada essa responsabilidade, na sequência do testemunho da cantora pop, que considerou todo o acordo abusivo.
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O Fundo Bessemer, uma empresa de gestão de fortunas e investimentos, que tinha sido designada como co-curadora dos bens de Britney Spears, deu entrada com um pedido em tribunal, na quinta-feira, para que lhe seja retirada essa responsabilidade, na sequência do testemunho da cantora pop, que considerou todo o acordo abusivo.
Na semana passada, Britney Spears, de 39 anos, fez uma declaração emotiva, por videochamada, ao tribunal, em que descreveu a tutela a que está sujeita, desde 2008, como “estúpida” e “abusiva”, desabafando que quer a sua “vida de volta”. No testemunho, a estrela contou ter sido forçada a tomar um medicamento contra a sua vontade e ter sido impedida de casar ou de remover um dispositivo contraceptivo para poder tentar ter um bebé com o seu actual companheiro, Sam Asghari (Britney Spears tem dois filhos, Sean, de 15, e Jayden, de 14 anos, que estão com o pai, o dançarino e rapper Kevin Federline).
No ano passado, quando o advogado oficioso da cantora interpôs uma acção para retirar o pai da artista da função de curador da sua fortuna, substituindo-o pelo Fundo Bessemer, a juíza do Tribunal Superior de Los Angeles, Brenda Penny, rejeitou o pedido, mas designou a firma como co-curadora do património de Spears, na altura avaliado em cerca 60 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros).
No entanto, o Fundo Bessemer não terá chegado a tomar quaisquer medidas relativamente aos activos de Britney, nem recebeu quaisquer comissões, por estar à espera que a deliberação do tribunal lhe fosse remetida: os documentos legais foram finalizados esta semana, na quarta-feira. Porém, um dia depois, o Fundo deu entrada com uma petição para que o tribunal aprove a sua demissão, citando “a alteração das circunstâncias”, depois de Britney Spears “ter alegado danos irreparáveis aos seus interesses”.
James ‘Jamie’ Spears foi nomeado tutor e curador dos bens de Britney, depois de a cantora ter sofrido um esgotamento em 2008, após uma série de comportamentos considerados erráticos. As decisões médicas e da vida pessoal passaram a estar nas mãos do pai, enquanto a fortuna ficou a ser gerida em conjunto com o advogado Andrew Wallet. A situação manteve-se inalterada até 2019, altura em que Wallet se demitiu e Jamie Spears se tornou o único curador do património. Até que o pai foi forçado a afastar-se durante algum tempo do papel de tutor, ou seja, das decisões sobre a vida pessoal da filha, deixando a agente Jodi Montgomery temporariamente nesse papel. O progenitor manteve-se, porém, como curador dos bens até esta semana, em que o Fundo Bessemer passou a poder agir também os activos.
Agora, caso a firma consiga afastar-se da curadoria da fortuna da cantora, o pai da artista poderá voltar a ter o controlo exclusivo da sua fortuna. Em relação à vida pessoal de Britney, a equipa legal que representa Jamie Spears informou que o progenitor não deseja voltar a assumir o papel de tutor, ainda que tenha exortado a que se proceda a uma investigação à pessoa que actualmente gere os destinos de Britney.