A paisagem pode ser um “corta-fogo.” Mas precisa de gente lá dentro
Repensar os territórios mais fustigados pelos fogos, criando paisagens mais resilientes, é essencial para tentar travar o avanço dos grandes fogos cada vez mais frequentes, que se tornam incontroláveis. Mas sem gente que habite esses espaços, não é possível mudar a paisagem, alerta a ANP/WWF no mais recente relatório ibérico sobre incêndios
Os últimos anos têm revelado uma diminuição do número de incêndios em Portugal e Espanha, mas isto não traz o nível de alívio e segurança que se poderia pensar. Porque os incêndios mudaram, há cada vez mais grandes incêndios que rapidamente se tornam incontroláveis, com enorme prejuízo de áreas ardidas e, por vezes, perda de vidas humanas. Por isso, apostar apenas no combate é um erro e o foco de todos deveria estar cada vez mais em trabalhar para reduzir a possibilidade de ocorrência destes grandes fogos. Como é que se faz? De várias maneiras, mas sem uma alteração da paisagem e sem gente nos locais afectados, dificilmente se consegue algo. E como se fixa pessoas nas regiões do interior, muito mais afectadas? “Isso é a pergunta de um milhão de dólares.”
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Os últimos anos têm revelado uma diminuição do número de incêndios em Portugal e Espanha, mas isto não traz o nível de alívio e segurança que se poderia pensar. Porque os incêndios mudaram, há cada vez mais grandes incêndios que rapidamente se tornam incontroláveis, com enorme prejuízo de áreas ardidas e, por vezes, perda de vidas humanas. Por isso, apostar apenas no combate é um erro e o foco de todos deveria estar cada vez mais em trabalhar para reduzir a possibilidade de ocorrência destes grandes fogos. Como é que se faz? De várias maneiras, mas sem uma alteração da paisagem e sem gente nos locais afectados, dificilmente se consegue algo. E como se fixa pessoas nas regiões do interior, muito mais afectadas? “Isso é a pergunta de um milhão de dólares.”