Covid-19: Portugal é o segundo país da UE com mais casos, mas o nono com menos mortes
Portugal registou 168,8 novos casos por 100 mil habitantes e três mortes por milhão de habitantes na última semana, de acordo com o ECDC. É também o segundo país com maior taxa de testes positivos, apenas atrás da Espanha.
Portugal é agora o segundo país da União Europeia (UE) com a maior taxa de incidência da covid-19, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, sigla em inglês). Com uma incidência cumulativa de 168,8 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, o país está agora apenas atrás do Chipre, com 179,6. Tal como na semana passada, Portugal é o nono Estado-membro com o valor mais baixo de mortes por milhão de habitantes a 14 dias.
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Portugal é agora o segundo país da União Europeia (UE) com a maior taxa de incidência da covid-19, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, sigla em inglês). Com uma incidência cumulativa de 168,8 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, o país está agora apenas atrás do Chipre, com 179,6. Tal como na semana passada, Portugal é o nono Estado-membro com o valor mais baixo de mortes por milhão de habitantes a 14 dias.
Atrás do Chipre, que quase duplicou o valor da incidência de semana passada (97,3), e de Portugal, seguem-se a Espanha (107,5 novos casos por 100 mil habitantes), Irlanda (91,3) e Letónia (61,9), este já com um registo de incidência baixo. A média da União Europeia é de 38,6 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o ECDC, descendo dos 51,1 do relatório anterior.
Em termos absolutos, Portugal foi o terceiro país com mais casos identificados, com 9643, apenas atrás da Espanha (27.991, 33% do total da União Europeia) e de França, com 12.710.
Na lista oposta, a Roménia é o país da UE com menor incidência cumulativa a 14 dias, com 4,6 casos por 100 mil habitantes, seguida da Polónia (5,5), de Malta (5,8), da Hungria (10,2) e da Alemanha (13,7).
Relativamente às mortes por milhão de habitantes a 14 dias, Portugal mantém o nono posto entre os Estados-membros da UE, com 3,8. O Luxemburgo segue em primeiro, com zero neste indicador, seguido pela Finlândia, com apenas 0,54. Há depois cinco países com menos de duas mortes por milhão de habitantes (Chipre, Dinamarca, Suécia, Países Baixos e Malta), e antes de Portugal a Estónia, com 2,3.
O país com maior incidência cumulativa lidera a lista de países com mais mortes por milhão de habitantes: com 75, a Roménia está à frente da Letónia (24,6), Grécia (22,6), Bulgária (18,6) e Eslovénia (12,9).
Algarve tem a maior incidência da UE continental
Os dados do ECDC mostram também que a incidência a 14 dias da covid-19 na região do Algarve, de 319,8 casos por 100 mil habitantes, é a mais alta da União Europeia continental. No topo da tabela do ECDC surge a Guiana Francesa (549,5), que entra para as contas apesar de geograficamente se encontrar na América do Sul. Logo abaixo do Algarve está Lisboa e Vale do Tejo, com 308,2.
A região autónoma dos Açores é a zona portuguesa seguinte, em 14.º na UE, com 122,8, seguida do Alentejo (em vigésimo com 99,6), do Centro (73,6, 39.º) e do Norte (em 41.º com 71,9 casos por 100 mil habitantes). A Madeira é a que apresenta o valor de incidência cumulativa mais baixo, com 42,5.
Portugal tem a segunda taxa de testes positivos mais alta
A taxa de testes positivos em Portugal continua a aumentar, fixando-se agora em 2,45%, de acordo com os dados do ECDC. Continua abaixo do valor de referência de 4% definido a nível nacional e internacional, mas é o segundo valor mais alto da União Europeia. Com percentagem maior, só a Espanha, com 4,7%.
No extremo oposto estão a Áustria, a Dinamarca, a Grécia e a República Checa, com menos de 1% de taxa de positividade (mais a Islândia, que não faz parte da UE).
Ainda assim, a taxa de testagem em Portugal voltou a aumentar, passando de 3576 testes por 100 mil habitantes na semana passada para 3820 esta semana. Este indicador continua a ser dominado pela Áustria, com 61.252 testes por 100 mil habitantes, quase o dobro da Dinamarca, o segundo país da lista, que contabiliza 37.653 testes por 100 mil habitantes.