Maratona da Leitura promove leitura em voz alta e sustentabilidade a partir da Sertã
“Não propomos sobressaltos cívicos, nem revoluções armadas. O nosso ideário é simples e vai beber inspiração à Agenda 2030”: na 9.ª edição da Maratona da Leitura é promovida a consciencialização climática e a leitura. Na Sertã, de 30 de Junho a 3 Julho, celebra-se a leitura em voz alta, mas também a música, a gastronomia e a fotografia, sempre com o foco na sustentabilidade.
A primeira edição da Maratona da Leitura surgiu em 2012 com o desafio de passar 24 horas a ler, tendo como objectivo promover a leitura em voz alta, no interior de Portugal. Agora, na 9.ª edição, de 30 de Junho a 3 de Julho, o propósito é bem mais do que ler um dia inteiro, é também “consciencializar para o perigo que o planeta corre”, com o mote “Palavra ao Planeta”. “Não propomos sobressaltos cívicos, nem revoluções armadas. O nosso ideário é simples e vai beber inspiração à Agenda 2030”, explica a organização do evento, que se realiza a partir da Sertã, e que une a cultura e a arte com a natureza.
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A primeira edição da Maratona da Leitura surgiu em 2012 com o desafio de passar 24 horas a ler, tendo como objectivo promover a leitura em voz alta, no interior de Portugal. Agora, na 9.ª edição, de 30 de Junho a 3 de Julho, o propósito é bem mais do que ler um dia inteiro, é também “consciencializar para o perigo que o planeta corre”, com o mote “Palavra ao Planeta”. “Não propomos sobressaltos cívicos, nem revoluções armadas. O nosso ideário é simples e vai beber inspiração à Agenda 2030”, explica a organização do evento, que se realiza a partir da Sertã, e que une a cultura e a arte com a natureza.
“A maratona teve uma evolução ao longo do tempo. Nos dois primeiros anos, em 2012 e 2013, a única actividade que havia era mesmo a leitura das 24 horas seguidas, em cadeia”, conta Ana Sofia Marçal, uma das principais coordenadoras do evento. “Hoje, a maratona é uma actividade de quatro dias, onde se lê mas também se fazem encontros com escritores, oficinas, ateliers, exposições e concertos.”
Os encontros que irão decorrer durante os quatro dias são realizados presencialmente e em locais ao ar livre, no meio da natureza, que requerem de inscrição. Já o início da principal actividade da Maratona da Leitura, as 24 horas a ler, começa a 3 de Julho pelas 10 horas e pode ser visto em directo no site.
Esta é uma actividade para todos os que gostam de ler, mas também para os que ainda não descobriram que gostam de o fazer. Entre 30 de Junho e 3 Julho, as actividades da maratona pretendem dar o “grito de alerta” para que se faça mais pelo planeta. “Este ano, a maratona tem um propósito muito importante para nós. Estamos num tempo difícil onde nos resta a esperança: a esperança de que é possível continuar a viver neste planeta. Além de promover a leitura queremos consciencializar e ajudar na mudança de atitudes e na tomada de novas decisões do nosso dia-a-dia. Alterar certos hábitos para que consigamos ser mais sustentáveis”, explica Ana Sofia.
Tendo como inspiração os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, vão realizar-se 67 actividades que despertam a criatividade e promovem a cultura e que “acontecem de forma espaçada no tempo e geograficamente numa vila no interior do país, a Sertã”, como o encontro com a escritora Ana Milhazes, autora do livro Vida lixo Zero, workshops de cozinha sustentável, o lançamento do livro Silêncio: os pássaros lêem em voz alta (de diversos autores participantes na maratona), concertos e encontros com diversos escritores sobre a agenda 2030 e como esta se pode cumprir.
“No Fórum das Nações, em 2017, foi dito que não há desenvolvimento sustentável sem bibliotecas e, por isso, não queremos ficar de parte desta acção que consideramos fundamental cumprir”, diz Ana Sofia, também uma amante de palavras, livros e autores. Esta na maratona desde a primeira edição e garante que é um evento que vale a pena conhecer e participar, garantido que é seguro e que todas as medidas de segurança serão cumpridas.
A Maratona da Leitura, garante, não é só para ler livros em voz alta, é também dar a conhecer as outras artes que podem ser lidas. “Não é só a leitura a que estamos habituados, não é só o acto de ler um livro, seja em voz alta ou não. Há outras formas de leitura e a maratona promove-as: podemos ler obras de arte isoladas ou numa exposição, podemos ler um concerto, uma fotografia. A maratona tem actividades para todos”, diz a coordenadora.
São convidados os escritores Afonso Cruz, Joana M. Lopes, Mempo Giardinelli, Jerónimo Pizarro, o humorista e locutor de rádio Fernando Alvim, o actor António Fagundes, o Projecto Ruge (com Rodrigo Guedes de Carvalho, Daniela Onis e Ruben Alves), o músico Marco Figueiredo, entre outros.