Rui Reininho está preparado para a tempestade

A pronúncia do Norte mantém-se intacta, mas é aí que acaba a familiaridade: 20.000 Éguas Submarinas, álbum de taças, gongos, meditação e mar, é um mergulho na música electrónica e no experimentalismo, uma odisseia marítima com um desvio no Médio Oriente. É Rui Reininho, longe das dunas e no meio do oceano.

Foto
Afonso Sereno

20.000 Éguas Submarinas é o nome do novo álbum a solo de Rui Reininho — e o primeiro desde Companhia das Índias, editado em 2008 —, mas este não é o Rui Reininho a que o mundo da música popular portuguesa está habituado. Gravado entre a Galiza e Almada, e moldado por elementos tão diversos como aulas de meditação, viagens a Katmandu, música do Médio Oriente, Júlio Verne — o título alude a 20.000 Léguas Submarinas, uma das obras mais conhecidas do escritor francês do século XIX — e o mar, o disco abdica quase por completo da linguagem pop rock dos GNR (ocasionais vestígios de art pop bizarra e viciante, de que a canção Namastea é um bom exemplo, mostram que o corte não é total), mergulhando no experimentalismo e em texturas electrónicas.

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20.000 Éguas Submarinas é o nome do novo álbum a solo de Rui Reininho — e o primeiro desde Companhia das Índias, editado em 2008 —, mas este não é o Rui Reininho a que o mundo da música popular portuguesa está habituado. Gravado entre a Galiza e Almada, e moldado por elementos tão diversos como aulas de meditação, viagens a Katmandu, música do Médio Oriente, Júlio Verne — o título alude a 20.000 Léguas Submarinas, uma das obras mais conhecidas do escritor francês do século XIX — e o mar, o disco abdica quase por completo da linguagem pop rock dos GNR (ocasionais vestígios de art pop bizarra e viciante, de que a canção Namastea é um bom exemplo, mostram que o corte não é total), mergulhando no experimentalismo e em texturas electrónicas.