As drogas já não funcionam

Nada de errado com o enésimo melodrama de prestígio sobre a reabilitação do vício — mas também nada que o distinga de um banal caso da vida.

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Parece que ainda foi ontem que vimos Glenn Close a fazer de avozinha de pelo na venta a lidar com a recaída da filha na garra das drogas — no esquecibilíssimo Lamento de uma América em Ruínas de Ron Howard — e aí está ela a fazer… de mãe de pelo na venta a lidar com a recaída da filha na garra das drogas. Quatro Dias ao Teu Lado baseia-se num caso verídico, reportado pelo jornalista do Washington Post Eli Saslow, e o filme do colombiano Rodrigo Garcia bate aos pontos o de Howard. Mas não por muito: Garcia formou-se na “época de ouro” da HBO (dirigiu episódios de Os Sopranos, Sete Palmos de Terra ou Terapia) e o seu cinema nunca perdeu essa marca de prestígio neutro, de tarefeiro eficiente e atento aos actores mas raramente inspirado. O seu “momento de glória” no grande ecrã surgiu com Albert Nobbs, projecto havia muito tempo acarinhado pela sua actriz e produtora — Glenn Close.

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Parece que ainda foi ontem que vimos Glenn Close a fazer de avozinha de pelo na venta a lidar com a recaída da filha na garra das drogas — no esquecibilíssimo Lamento de uma América em Ruínas de Ron Howard — e aí está ela a fazer… de mãe de pelo na venta a lidar com a recaída da filha na garra das drogas. Quatro Dias ao Teu Lado baseia-se num caso verídico, reportado pelo jornalista do Washington Post Eli Saslow, e o filme do colombiano Rodrigo Garcia bate aos pontos o de Howard. Mas não por muito: Garcia formou-se na “época de ouro” da HBO (dirigiu episódios de Os Sopranos, Sete Palmos de Terra ou Terapia) e o seu cinema nunca perdeu essa marca de prestígio neutro, de tarefeiro eficiente e atento aos actores mas raramente inspirado. O seu “momento de glória” no grande ecrã surgiu com Albert Nobbs, projecto havia muito tempo acarinhado pela sua actriz e produtora — Glenn Close.