Investigadores da Universidade do Porto vão construir micro refrigerador “verde”

Projecto pretende usar “o princípio da refrigeração magnética” e poderá ajudar a obter resultados “mais rápidos e eficientes” nos testes de detecção de doenças.

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Paulo Pimenta/ Arquivo

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto vão construir um micro refrigerador “verde” que, tendo por base o princípio da refrigeração magnética, poderá ajudar a obter resultados “mais rápidos e eficientes” nos testes de detecção de doenças. O projecto, Em comunicado, revela a FCUP em comunicado, pretende usar “o princípio da refrigeração magnética” para construir um protótipo à micro e nano escala de um refrigerador “verde”.

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Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto vão construir um micro refrigerador “verde” que, tendo por base o princípio da refrigeração magnética, poderá ajudar a obter resultados “mais rápidos e eficientes” nos testes de detecção de doenças. O projecto, Em comunicado, revela a FCUP em comunicado, pretende usar “o princípio da refrigeração magnética” para construir um protótipo à micro e nano escala de um refrigerador “verde”.

“Actualmente só existem em Portugal modelos à macroescala, inicialmente a pensar numa futura substituição dos frigoríficos”, salienta. O projecto, financiado ao abrigo do Fundo de Relações Bilaterais do EEA Grants (mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu) e desenvolvido em conjunto com investigadores do Instituto para a Tecnologia da Energia (na Noruega), pretende provar “ser possível, mais rapidamente, ajudar a dar resposta à detecção de doenças”.

Citado no documento, João Horta Belo, investigador do Instituto de Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica da Universidade do Porto e líder do projecto, explica que o protótipo vai consistir “numa placa de acrílico com um pequeno canal por onde vai passar um fluido composto por nanopartículas imersas em líquido”. “Numa ponta vamos ter o que queremos arrefecer, como um microchip de um computador, por exemplo, e do outro lado, há uma ponta fria para onde é transportado o calor que vai ser arrefecido. Com as nanopartículas imersas no líquido as trocas de calor vão ser muito mais rápidas”, refere.

Estas nanopartículas são provenientes de materiais inteligentes, tendo a capacidade de “alterar o seu volume conforme a temperatura, campo magnético e pressão” e podendo ser, por exemplo, ligas metálicas constituídas por três elementos (terras-raras, silício e germânio). Uma vez provada esta rapidez, o investigador acredita que o protótipo poderá “ajudar a que os testes de detecção de doenças, que utilizam amostras biológicas, possam dar resultados mais rápidos e de forma mais eficiente”.

“Geralmente estes testes têm de passar por ciclos de diferentes temperaturas, aquecendo ou arrefecendo, e esta poderia ser uma das aplicações da refrigeração magnética à micro escala”, acrescenta. Os investigadores vão por isso testar se à micro e nano escala a refrigeração magnética tem a mesma eficiência dos modelos já existentes à macroescala.

Além do protótipo, o projecto visa também promover a cooperação entre os dois grupos de investigação, nomeadamente, através do intercâmbio de estudantes e investigadores, da aplicação a fundos de investigação e da disseminação da importância das tecnologias de refrigeração no âmbito das novas políticas ambientais. Com uma duração de um ano e meio, o projecto tem um orçamento de 13.750 euros.