Equívoco sobre os horários levou dezenas de pessoas sem marcação ao centro de vacinação do Pavilhão da Ajuda
Na manhã desta segunda-feira, formou-se uma longa fila de pessoas que esperavam ser vacinadas sem agendamento, depois de terem visto e lido que a vacinação sem marcação arrancaria às 7h. Essa informação terá sido um equívoco, com a Câmara de Lisboa a esclarecer agora que o centro passará a ter horário alargado das 19h até às 21h nesse regime, apenas para quem tem mais de 50 anos e reside em Lisboa.
Diego Sales, de 37 anos, tem vacinação agendada para a próxima sexta-feira, 2 de Julho, dia que coincide com um trabalho fora de Lisboa. Entre a opção de ter de faltar a parte do dia de trabalho ou a de faltar à toma da vacina, surgiu-lhe uma aparente solução: o Pavilhão Desportivo da Ajuda, na freguesia lisboeta de Alcântara, receberia, a partir das 7h desta segunda-feira, pessoas para inocular sem ser necessário agendamento. Por isso, decidiu tentar a sua sorte, antecipando assim a toma da vacina e libertando-os para os afazeres profissionais que tem na sexta-feira.
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Diego Sales, de 37 anos, tem vacinação agendada para a próxima sexta-feira, 2 de Julho, dia que coincide com um trabalho fora de Lisboa. Entre a opção de ter de faltar a parte do dia de trabalho ou a de faltar à toma da vacina, surgiu-lhe uma aparente solução: o Pavilhão Desportivo da Ajuda, na freguesia lisboeta de Alcântara, receberia, a partir das 7h desta segunda-feira, pessoas para inocular sem ser necessário agendamento. Por isso, decidiu tentar a sua sorte, antecipando assim a toma da vacina e libertando-os para os afazeres profissionais que tem na sexta-feira.
Como Diego, foram muitos os que na manhã desta segunda-feira foram ao engano até ao centro de vacinação contra a covid-19, que está instalado no Pavilhão Desportivo da Ajuda. Pelas 7h começou a formar-se uma fila com dezenas de pessoas que acorreram a este local com a esperança de conseguirem ser vacinadas, mesmo sem terem marcação. Isto porque, na semana passada, no seu espaço de comentário semanal na TVI 24, o presidente da Câmara de Lisboa anunciou que este centro passaria a funcionar em “atendimento livre para todas as pessoas que estejam nas faixas etárias abrangidas no plano de vacinação”. Esse regime arrancaria no dia 28 de Junho entre “as sete e as nove da noite” para acelerar o ritmo de vacinação na região, dado o aumento de casos que se têm registado nas últimas semanas, disse então Fernando Medina.
A informação, que acabou por ser veiculada pelos órgãos de comunicação social, foi a de que o centro estaria a funcionar entre as 7h e as 21h. A Câmara de Lisboa diz agora “nunca ter sido referido 7h da manhã, mas 7h da noite ou 19 horas”. “Nenhum centro de vacinação abre às 7h da manhã”, refere o município em resposta ao PÚBLICO.
O município esclarece ainda que o centro está a “funcionar normalmente até as 19h para auto-agendamentos e agendamento dos centros de saúde”. E que passará, a partir desta segunda-feira, a ter “horário alargado das 19h até às 21h em regime de ‘casa aberta'” para quem tem mais de 50 anos e reside em Lisboa.
O equívoco levou a que muitos acorressem ao local, para espanto também da equipa que está responsável pela vacinação naquele centro, que só esperava utentes nesse regime “livre” a partir do dia 1 de Julho e entre as 19h e as 21h. Junto ao centro, os funcionários percorriam a fila, pessoa a pessoa, para confirmar se tinham ou não marcação. A quem não a tinha, pediam que ali voltassem só depois das 19h.
A situação gerou alguma indignação entre utentes: os que se depararam com a longa fila e que se atiravam aos que ali estavam sem marcação; os que estavam sem agendamento e que garantiam não arredar dali pé sem receber a vacina. Pelas 11h30 da manhã, a situação parecia estar já normalizada, mas ainda com dezenas de pessoas à espera.
Já ao final da manhã, em comunicado, o município avançou que, na última semana, foram administradas 46.174 vacinas, “mais do dobro do ritmo de 20 mil que estava a ter lugar até há duas semanas” nos centros de vacinação do concelho.
Dada a disponibilidade de vacinas e a abertura de horários em regime sem marcação para maiores de 50 anos, os centros poderão ser capazes de administrar até 65 mil doses por semana.