Primeira surpresa do Europeu: Rep. Checa afasta Países Baixos

Golos de Tomás Holes e Patrick Schick valeram a passagem dos checos aos quartos-de-final, onde irão encontrar a Dinamarca.

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Patrick Schick apontou o seu quarto golo na competição Reuters/ATTILA KISBENEDEK

Será com a República Checa que a Dinamarca vai discutir a passagem às meias-finais do Euro 2020 a 3 de Julho, em Baku, no Azerbaijão. O conjunto centro-europeu venceu este domingo, por 2-0, os Países Baixos, que chegavam a esta partida como favoritos, face aos bons resultados na fase de grupos. A expulsão de De Ligt, aos 53’, abriu o caminho para o triunfo.

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Será com a República Checa que a Dinamarca vai discutir a passagem às meias-finais do Euro 2020 a 3 de Julho, em Baku, no Azerbaijão. O conjunto centro-europeu venceu este domingo, por 2-0, os Países Baixos, que chegavam a esta partida como favoritos, face aos bons resultados na fase de grupos. A expulsão de De Ligt, aos 53’, abriu o caminho para o triunfo.

Depois de uma primeira parte muito disputada, com algum ascendente dos Países Baixos, uma falta grosseira de Matthijs de Ligt, aos 53’, comprometeu as aspirações da sua selecção. O defesa central da Juventus escorregou e desviou uma bola com a mão para evitar que Patrick Schick se isolasse à entrada da grande área. Viu primeiro um cartão amarelo, mas a consulta ao videoárbitro (VAR) carregou a cor para vermelho.

Com menos um jogador, a equipa de Frank de Boer não conseguiu organizar-se para travar a pressão dos checos que chegaram ao primeiro golo aos 68’. Na sequência de um livre lateral, junto à bandeirola de canto, a bola foi cruzada para o segundo poste, onde o defesa central Kalas assistiu de cabeça Tomás Holes, que inaugurou o marcador também de cabeça.

Os Países Baixos ainda procuraram esboçar uma reacção, mas um lance rápido do adversário, aos 80’, apanhou a equipa em contramão e resultou no segundo golo. Holes esteve mais uma vez em destaque, agora a assistir Schick, que assinou o quarto golo na prova.

Com três triunfos e oito golos apontados na fase de grupos, os Países Baixos não souberam corresponder às expectativas. Saíram pela porta pequena de Budapeste e despediram-se do torneio, tal como a capital húngara, palco de dois jogos de Portugal na fase de grupos (frente à Hungria e à França).

Este desfecho parecia pouco provável ao apito inicial. O conjunto “laranja” procurou imprimir velocidade ao encontro, criando desequilíbrios com a subida dos seus dois laterais, que não trouxeram, as mais das vezes, grandes calafrios ao adversário. Bem organizados, os checos montaram uma sólida barreira defensiva, subindo no terreno com segurança e tentando desacelerar a partida.

Confiante na segurança defensiva, o conjunto orientado por Jaroslav Silhavy arriscou mais no ataque e esteve muito perto de chegar ao golo aos 22’, quando um bom cruzamento encontrou Soucek ao primeiro poste, acabando por atirar ligeiramente ao lado. Estava dado o primeiro sinal.

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O segundo resultou num falhanço ainda mais gritante, aos 38’. Num lance rápido do ataque checo, Barak recebeu a bola em excelente posição, mas permitiu o corte providencial de De Ligt (no melhor e no pior da sua equipa) quando o golo parecia iminente.

O intervalo chegou, com os Países Baixos com mais posse de bola e domínio territorial, mas sem encontrar soluções para desmontar a arrumação táctica do adversário. Pagaria caro por isso, no segundo tempo.

Depois de ter falhado a qualificação para o Euro 2016 e para o Mundial de 2018, os Países Baixos depositavam grandes esperanças neste torneio. As suas exibições e o futebol alegre praticado nas primeiras partidas colocaram-nos numa segunda linha de candidatos à final. Já os checos, que chegaram a esta eliminatória como um dos terceiros melhores classificados na fase anterior, estudaram bem o oponente e não cometeram grandes erros.

A Dinamarca separa agora a República Checa das meias-finais. As duas equipas defrontaram-se também, há precisamente 17 anos, nos quartos-de-final do Euro 2004, organizado por Portugal, com um triunfo robusto para os centro-europeus, por 3-0.

Neste mesmo torneio, em que o actual seleccionador era técnico-adjunto, os checos derrotaram também os Países Baixos ainda na fase de grupos, num dos jogos mais intensos da prova, recuperando de dois golos de desvantagem para vencerem por 3-2. Iriam cair nas meias-finais frente aos gregos (1-0, após prolongamento), que seriam também os carrascos de Portugal na final.