Ahresp: Novas medidas têm “enorme impacto” na restauração e alojamento turístico
Associação sectorial pede “apoios simples e universais, preferencialmente a fundo perdido”. “É tempo de manter, mas também de recuperar e melhorar os apoios”, defende a Ahresp
A AHRESP afirmou esta sexta-feira que as últimas medidas anunciadas pelo Governo no âmbito do desconfinamento têm “um enorme impacto” na restauração e no alojamento turístico e defendeu apoios “universais, preferencialmente a fundo perdido”.
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A AHRESP afirmou esta sexta-feira que as últimas medidas anunciadas pelo Governo no âmbito do desconfinamento têm “um enorme impacto” na restauração e no alojamento turístico e defendeu apoios “universais, preferencialmente a fundo perdido”.
Na quinta-feira, o Conselho de Ministros decidiu, entre outras medidas, que o horário dos restaurantes e similares e do comércio vai recuar em Lisboa e Albufeira, passando a ter de encerrar às 15:30 aos fins-de-semana, juntando-se às regras que já vigoram em Sesimbra, no âmbito das medidas de combate à pandemia de covid-19.
Em comunicado, a Ahresp - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal refere esta sexta-feira que as medidas que foram anunciadas pelo Governo “têm um enorme impacto nas empresas de restauração e similares e do alojamento turístico”.
A associação defendeu, neste contexto, “apoios simples e universais, preferencialmente a fundo perdido”, referindo que “os actuais apoios são quase inexistentes e as moratórias só duram até ao final do ano”.
“É tempo de manter, mas também de recuperar e melhorar os apoios”, insiste a Ahresp, que adianta que apresentará em breve um conjunto de medidas que vão nesse sentido.
A decisão de recuo no desconfinamento tomada no Conselho de Ministros implica ainda, no caso daqueles três concelhos – Lisboa, Albufeira e Sesimbra –, que os supermercados e restantes retalho alimentar encerrem às 19:00 aos fins-de-semana.
Durante a semana, restaurantes, cafés e pastelarias podem funcionar até às 22:30, com as regras de lotação a determinarem um máximo de quatro pessoas por grupo no interior e de seis pessoas por grupo nas esplanadas.
Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que os apoios aos sectores da economia mais afectados pela pandemia de covid-19 vão manter-se até ao fim do processo de desconfinamento.
“Relativamente aos apoios económicos, aquilo que queria dizer é que, naturalmente, esta decisão que hoje tomamos [de não avançar no desconfinamento] significa que se vão manter os apoios aos sectores mais afectados, que estão neste momento em curso e que tinham uma data prevista que acompanhava o fim do processo de desconfinamento. Uma vez que ele ainda não ocorreu, os apoios vão manter-se”, esclareceu a ministra.
“Os apoios serão prolongados em termos que o senhor ministro da economia anunciará”, acrescentou.
A ministra Mariana Vieira da Silva anunciou também a manutenção da proibição de circulação para dentro ou para fora da Área Metropolitana de Lisboa (AML) no próximo fim-de-semana, mas quem tenha um certificado digital ou um teste negativo à covid-19 pode passar.