O oásis L. A. Woman na vertiginosa tempestade final

Álbum em que o agitador dionisíaco, o xamã libertário, desceu à sua cidade para cantar a realidade terrena que pulsava à sua volta, mais próxima da verdade crua do blues, L. A. Woman foi gravado de um jorro antes da partida para o destino final, Paris.

Foto
Michael Ochs Archives/Getty Images

Estava pálido e parecia sereno, imerso na água ensanguentada, recordou Agnès Varda. Além da polícia francesa, dos médicos legistas e da namorada Pamela Courson, a realizadora terá sido a única pessoa a ver o corpo de Jim Morrison, amigo desde as digressões americanas de Varda, na banheira do apartamento francês onde, dia 3 de Julho de 1971, morreu o vocalista dos Doors. L. A. Woman, o álbum dedicado à cidade da luz incessante, sempre em movimento, morte e depravação lado a lado com uma intensa sede de vida, fora editado três meses antes, em Abril.

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Estava pálido e parecia sereno, imerso na água ensanguentada, recordou Agnès Varda. Além da polícia francesa, dos médicos legistas e da namorada Pamela Courson, a realizadora terá sido a única pessoa a ver o corpo de Jim Morrison, amigo desde as digressões americanas de Varda, na banheira do apartamento francês onde, dia 3 de Julho de 1971, morreu o vocalista dos Doors. L. A. Woman, o álbum dedicado à cidade da luz incessante, sempre em movimento, morte e depravação lado a lado com uma intensa sede de vida, fora editado três meses antes, em Abril.