Porto entra na lista de concelhos em alerta
Se tiver duas avaliações da incidência acima dos 120 casos por 100 mil habitantes, também aqui poderá haver uma travagem no desconfinamento.
O Porto entra na lista de concelhos em situação de alerta, anunciou esta quinta-feira a ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva. As atenções recaem agora também sobre a segunda maior cidade do país. Se tiver duas avaliações da incidência acima dos 120 casos por 100 mil habitantes, também aqui poderá haver uma travagem no desconfinamento.
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O Porto entra na lista de concelhos em situação de alerta, anunciou esta quinta-feira a ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva. As atenções recaem agora também sobre a segunda maior cidade do país. Se tiver duas avaliações da incidência acima dos 120 casos por 100 mil habitantes, também aqui poderá haver uma travagem no desconfinamento.
Esta quinta-feira a rádio TSF e o jornal Inevitável noticiavam que o Porto deveria entrar em estado de alerta depois de ter ultrapassado os 120 novos casos por 100 mil habitantes. A taxa de incidência acumulada a 14 dias é um dos indicadores usados na matriz de risco – a par do índice de transmissibilidade – a que o Governo recorre para travar ou recuar nas medidas de desconfinamento a aplicar nos vários concelhos do país.
Caso o Porto venha a ter duas avaliações acima dos 120 novos casos por 100 mil habitantes, poderá ver implementada a obrigatoriedade do teletrabalho sem que as funções o permitam, restaurantes, cafés e pastelarias abertas ate às 22h30, com o mesmo horário a ser aplicado aos espectáculos culturais. O comércio a retalho só poderá funcionar até às 21 horas.
No relatório da Direcção-Geral da Saúde de 18 de Junho, o último com dados relativos aos concelhos, o Porto registava uma taxa de incidência a 14 dias de 94 novos casos por 100 mil habitantes. Aliás, era o único da Área Metropolitana do Porto com valores tão elevados.
Apesar da subida crescente de novos casos de covid-19 no país, a região Norte está longe da pressão que se regista actualmente em Lisboa e Vale do Tejo e da que viveu no início do ano, quando Portugal enfrentou a terceira vaga da pandemia. Mas, ainda assim, as atenções redobram perante esta entrada na lista de concelhos em alerta.
Segundo o relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa), relativo à situação das variantes em Portugal (divulgado no último domingo), no Norte o peso da variante Delta (anteriormente indiana) era inferior a 15% e a variante Alfa, associada ao Reino Unido, teria uma uma prevalência de 80%. No entanto, na segunda-feira o responsável do Insa pela sequenciação das variantes João Paulo Gomes, adiantou na RTP que a prevalência da Delta no Norte era já de 20%.