Câmara de Lisboa enviou dados para a Rússia 27 vezes. Israel, Angola e China também receberam informações

Auditoria mostra que dados pessoais eram partilhados na íntegra com as embaixadas, mas não culpa directamente Fernando Medina. Equipa de protecção de dados não foi informada destes procedimentos até Abril deste ano.

Foto
Fernando Medina fez pedido de desculpas público pela partilha de informação com embaixada da Rússia LUSA/MIGUEL A. LOPES

A Câmara de Lisboa enviou informações sobre os organizadores de manifestações à embaixada russa em pelo menos 27 ocasiões, apurou uma auditoria interna realizada por ordem de Fernando Medina, na sequência da partilha de informações sensíveis de activistas a Moscovo. Em alguns casos não foi possível apurar se a informação foi ou não enviada, o que significa que este número pode ser ainda maior. Fica também provado com esta auditoria que as informações sobre activistas pró-Palestina foram enviadas às autoridades israelitas. Mas este procedimento não acontecia só com as embaixadas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Câmara de Lisboa enviou informações sobre os organizadores de manifestações à embaixada russa em pelo menos 27 ocasiões, apurou uma auditoria interna realizada por ordem de Fernando Medina, na sequência da partilha de informações sensíveis de activistas a Moscovo. Em alguns casos não foi possível apurar se a informação foi ou não enviada, o que significa que este número pode ser ainda maior. Fica também provado com esta auditoria que as informações sobre activistas pró-Palestina foram enviadas às autoridades israelitas. Mas este procedimento não acontecia só com as embaixadas.