Na conferência de imprensa desta quinta-feira, em que foram anunciadas as novas medidas para travar as infecções da covid-19, a ministra da Presidência tentou acalmar a natural ansiedade do país, garantindo que “não se pode falar em descontrolo total da pandemia”. Foi um acto falhado. A ideia que Mariana Vieira da Silva deixa implícita nesta declaração é que, não havendo “descontrolo total”, haverá seguramente algum “descontrolo”. Sem uma declaração de estado de emergência para decretar medidas severas de confinamento, sem a credibilidade e legitimidade do exemplo para pedir sacrifícios, sem que se pressinta na generalidade dos cidadãos uma preocupação capaz de vencer o cansaço, o Governo pouco pode fazer para controlar a situação. A esperança nas vacinas é, afinal, a última arma que lhe resta.
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Na conferência de imprensa desta quinta-feira, em que foram anunciadas as novas medidas para travar as infecções da covid-19, a ministra da Presidência tentou acalmar a natural ansiedade do país, garantindo que “não se pode falar em descontrolo total da pandemia”. Foi um acto falhado. A ideia que Mariana Vieira da Silva deixa implícita nesta declaração é que, não havendo “descontrolo total”, haverá seguramente algum “descontrolo”. Sem uma declaração de estado de emergência para decretar medidas severas de confinamento, sem a credibilidade e legitimidade do exemplo para pedir sacrifícios, sem que se pressinta na generalidade dos cidadãos uma preocupação capaz de vencer o cansaço, o Governo pouco pode fazer para controlar a situação. A esperança nas vacinas é, afinal, a última arma que lhe resta.