Do silêncio dos martelos às enchentes de foliões, a noite de São João viveu-se com poucas restrições
De um lado, a tristeza dos comerciantes da zona de diversão das Fontainhas, obrigados a fechar às 18h, do outro, o crescente movimento que tomou conta das esplanadas na Ribeira e na Cordoaria e que culminou em vários ajuntamentos. Pelo segundo ano consecutivo, o São João não teve bailaricos, concertos ou fogo-de-artifício, mas não faltou sardinha assada, música popular e gente a aproveitar a noite com arriscada descontracção.
Inicialmente prevista para fechar às 18h, a zona de diversão da Alameda das Fontainhas – uma das três definidas pelo município como medida de apoio ao sector das diversões itinerantes –, começou a barrar a entrada aos visitantes pouco depois das 17h. “Agora só se sai”, avisa um agente da polícia a uma mãe com dois filhos pela mão. Visivelmente desapontada, tanto ou mais que as crianças, encolhe os ombros e acata a ordem. “Vamos para casa, fica para amanhã.” Pouco depois, um morador do bairro aproxima-se para comprar farturas, mas veio dar com o nariz na porta. Excepcionalmente, com ajuda de um polícia, consegue dar uma fugidinha ao recinto para cumprir a missão, mas o desânimo de miúdos e graúdos multiplica-se. Ou não fosse este o segundo ano consecutivo em que, por força da pandemia, o Porto se vê impedido de festejar a noite mais longa do ano.
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Inicialmente prevista para fechar às 18h, a zona de diversão da Alameda das Fontainhas – uma das três definidas pelo município como medida de apoio ao sector das diversões itinerantes –, começou a barrar a entrada aos visitantes pouco depois das 17h. “Agora só se sai”, avisa um agente da polícia a uma mãe com dois filhos pela mão. Visivelmente desapontada, tanto ou mais que as crianças, encolhe os ombros e acata a ordem. “Vamos para casa, fica para amanhã.” Pouco depois, um morador do bairro aproxima-se para comprar farturas, mas veio dar com o nariz na porta. Excepcionalmente, com ajuda de um polícia, consegue dar uma fugidinha ao recinto para cumprir a missão, mas o desânimo de miúdos e graúdos multiplica-se. Ou não fosse este o segundo ano consecutivo em que, por força da pandemia, o Porto se vê impedido de festejar a noite mais longa do ano.