Governo britânico não quer ouvir falar de referendo na Escócia antes de 2024

“Acho estúpido falar de um referendo agora, quando estamos a recuperar-nos da covid-19”, disse Michael Gove, o ministro responsável pela relação com a Escócia.

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Michael Gove é o ministro responsável pela relação com os outros países do Reino Unido Reuters/HANDOUT

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não vai autorizar um novo referendo à independência da Escócia antes das próximas eleições gerais, previstas para 2024, afirmou esta quarta-feira Michael Gove, o ministro que tem a seu cargo a coordenação do Governo.

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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não vai autorizar um novo referendo à independência da Escócia antes das próximas eleições gerais, previstas para 2024, afirmou esta quarta-feira Michael Gove, o ministro que tem a seu cargo a coordenação do Governo.

Em entrevista ao jornal The Daily Telegraph, o ministro, de origem escocesa, disse “não ver” como poderá ser convocada uma nova consulta popular tendo em conta que foi realizada uma em 2014, quando 55% dos escoceses votaram para permanecer no Reino Unido.

A intenção da primeira-ministra da Escócia, a nacionalista Nicola Sturgeon, é aprovar uma proposta de lei no Parlamento regional para a realização de um segundo referendo ainda nesta legislatura, após superada a crise da pandemia covid-19.

Para Gove, que é responsável pelas relações com a Escócia e os outros países (País de Gales e Irlanda do Norte), seria “imprudente e tolo” realizar uma nova consulta enquanto o país recupera da pandemia.

“Acho estúpido falar de um referendo agora, quando estamos a recuperar-nos da covid-19”, disse Gove, acrescentando que o primeiro-ministro “está totalmente empenhado em garantir que, durante a legislatura deste Parlamento, as oportunidades económicas aumentem e as pessoas tenham a oportunidade de melhorar as suas vidas”.

Para realizar um referendo à independência, apesar de ter autonomia para questões como a Saúde ou Educação, o Executivo escocês precisa da autorização do Governo britânico. 

O SNP argumenta que a saída do Reino Unido da União Europeia, à qual 62% dos escoceses se opuseram, alterou as circunstâncias e justifica uma nova consulta popular.