No Verão passado, estava Ricardo Neves-Neves em casa, “já depois de uns tempos de frustração” trazidos pela pandemia, quando começou a pensar em pôr em marcha um novo espectáculo que lhe ocupasse a cabeça em época de reagendamentos e programações viradas do avesso. E foi alimentando uma ideia, que já vinha de trás, de criar um espectáculo sem texto — uma novidade para alguém que tem construído o seu percurso através do hábil manuseamento da palavra e da sua relação com a música. “Sem meter o espectáculo numa gaveta de dança, de performance ou do que quer que seja”, explica ao PÚBLICO. Por isso, quando ligou ao clown e actor Rui Paixão (conhecido pelo seu trabalho com o Cirque du Soleil) a propor-lhe uma criação conjunta, falou-lhe da imagem que tinha na cabeça e da qual pretendia partir: um rato preso dentro de uma gaiola — sendo que o espectáculo se iniciaria no momento em que o rato decidisse escapar. “Gostava que interpretasses este rato”, disse a Paixão, em forma de convite.
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No Verão passado, estava Ricardo Neves-Neves em casa, “já depois de uns tempos de frustração” trazidos pela pandemia, quando começou a pensar em pôr em marcha um novo espectáculo que lhe ocupasse a cabeça em época de reagendamentos e programações viradas do avesso. E foi alimentando uma ideia, que já vinha de trás, de criar um espectáculo sem texto — uma novidade para alguém que tem construído o seu percurso através do hábil manuseamento da palavra e da sua relação com a música. “Sem meter o espectáculo numa gaveta de dança, de performance ou do que quer que seja”, explica ao PÚBLICO. Por isso, quando ligou ao clown e actor Rui Paixão (conhecido pelo seu trabalho com o Cirque du Soleil) a propor-lhe uma criação conjunta, falou-lhe da imagem que tinha na cabeça e da qual pretendia partir: um rato preso dentro de uma gaiola — sendo que o espectáculo se iniciaria no momento em que o rato decidisse escapar. “Gostava que interpretasses este rato”, disse a Paixão, em forma de convite.