Celebridades criam escola para aumentar diversidade em Hollywood
Com a criação da Roybal School of Film and Television Production, celebridades como George Clooney pretendem diversificar a indústria do entretenimento, proporcionando um caminho para trabalhos bem remunerados e com menos barreiras à entrada.
O tema da diversidade chega novamente a Hollywood. Desta vez, um grupo de celebridades, entre as quais os actores norte-americanos George Clooney, Kerry Washington, Don Cheadle, Mindy Kaling e Eva Longoria, anunciaram, no início desta semana, que irão unir forças com instituições ligadas à educação para abrir uma escola que visa formar adolescentes nas competências necessárias para trabalhar em Hollywood.
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O tema da diversidade chega novamente a Hollywood. Desta vez, um grupo de celebridades, entre as quais os actores norte-americanos George Clooney, Kerry Washington, Don Cheadle, Mindy Kaling e Eva Longoria, anunciaram, no início desta semana, que irão unir forças com instituições ligadas à educação para abrir uma escola que visa formar adolescentes nas competências necessárias para trabalhar em Hollywood.
A escola, cujo lançamento está previsto para 2022, tem como objectivo diversificar a indústria do entretenimento, proporcionando um caminho para trabalhos mais bem remunerados e com menos barreiras formais à entrada. “O nosso objectivo é reflectir melhor a diversidade do nosso país”, sublinha Clooney em comunicado. “Isto significa criar programas para o ensino secundário que ensinem os jovens sobre câmaras, efeitos de edição e visuais, som e todas as oportunidades de carreira que esta indústria tem para oferecer”, explica.
A Roybal School of Film and Television Production, nome que a escola receberá, será instalada no Edward R. Roybal Learning Center, no distrito de Westlake, em Ohio, uma zona predominantemente latina da cidade. Os professores terão acesso a profissionais da indústria cinematográfica, enquanto os estudantes receberão formação prática e ingressarão em programas de estudo e estágios. Da direcção farão parte os actores, aos quais se juntarão também um trio de produtores, que cobrirão cerca de 20% do orçamento inicial previsto dos cerca de sete milhões de dólares (5,9 milhões de euros), divulgou o responsável para a educação do distrito de Los Angeles, Austin Buetner, ao jornal The New York Times.
Nos últimos anos, Hollywood tem procurado aumentar o número de pessoas oriundas de minorias étnicas em frente e atrás das câmaras, particularmente desde o escândalo #OscarsSoWhite, em 2016. Estes esforços receberam um novo impulso no ano passado, quando os protestos Black Lives Matter alimentaram um debate mais amplo sobre o racismo nas instituições americanas. Porém, de acordo com um dos parceiros de Clooney, o produtor Grant Heslov, os esforços para contratar mais mulheres e pessoas de minorias étnicas para os sets de filmagem são dificultados pela falta de candidatos qualificados. “Queremos equipas mais diversificadas, mas não há por aí gente treinada em número suficiente”, disse ao New York Times.
A iniciativa liderada por Clooney surgea pós o anúncio, feito na semana passada, dos produtores discográficos Dr. Dre e Jimmy Iovine de que planeiam começar uma escola secundária especializada, em South Los Angeles. Esta não será uma escola de música mas terá antes como objectivo encorajar as crianças de bairros mais pobres a serem inovadoras, a iniciarem os seus próprios negócios, ou a entrarem nas indústrias de alta tecnologia.