Espanha defronta Eslováquia com “uma faca no pescoço”
Chovem críticas à forma como a selecção espanhola tem jogado neste Europeu. Se não ganhar corre o risco de ficar pelo caminho.
Três vezes campeãs europeia e com um leque de jogadores de fazer inveja a muitas das selecções presentes neste Euro 2020, a Espanha tem desiludido. Por isso, a “roja” está obrigada a derrotar a Eslováquia nesta quarta-feira (20h, SPTV) no seu último jogo do Grupo E se quiser assegurar o seu lugar nos “oitavos” sem ter que contar com a ajuda de terceiros.
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Três vezes campeãs europeia e com um leque de jogadores de fazer inveja a muitas das selecções presentes neste Euro 2020, a Espanha tem desiludido. Por isso, a “roja” está obrigada a derrotar a Eslováquia nesta quarta-feira (20h, SPTV) no seu último jogo do Grupo E se quiser assegurar o seu lugar nos “oitavos” sem ter que contar com a ajuda de terceiros.
Vaiados pelos seus adeptos quando, no último sábado, abandonavam o relvado de Sevilha após aquele que foi o seu segundo empate na prova (igualdade a um golo com a Polónia, depois de dias antes não ter saído do nulo com a Suécia), os jogadores espanhóis estão debaixo de fogo. Ou, nas palavras do defesa eslovaco Tomas Hubocan, “têm uma faca no pescoço”.
Ninguém imaginava este desempenho da equipa orientada por Luis Enrique (dois empates), o pior arranque de uma selecção espanhola desde o Euro 1996. Os espanhóis são terceiros à partida da última jornada de um grupo em que as quatro selecções ainda têm hipóteses de se apurar para os oitavos-de-final. É como caminhar sobre um arame muito fino…
“Os espanhóis têm uma faca no pescoço e por isso vão ter de jogar para ganhar, vão estar sob muita pressão”, analisou Hubocan. Um cenário que a Eslováquia, também ela sem o apuramento para a próxima fase assegurado, vai tentar aproveitar a seu favor.
Luís Enrique está debaixo de fogo. As perguntas a que foi sujeito na conferência de imprensa antes do jogo com os eslovacos são elucidativas. “Demitir-me? Estás a gozar, certo? Até estou a pensar em renovar, imagina”, ripostou o seleccionador espanhol, que dirige uma selecção em relação à qual se diz que tem muitos jogadores de qualidade mas que ou são suplentes nas equipas em que jogam (Laporte, Rodri, Ferran, Eric García, Morata, Thiago Alcântara e Sarabia) ou que são titulares em equipas que não são do primeiro plano do futebol europeu: Dani Olmo (Leipzig), Pau Torres e Gerard Moreno (Villarreal), Robert Sánchez (Brighton), Traoré (Wolverhampton), Oyarzabal (Real Sociedad) e Diego Llorente (Leeds).
Uma coisa é certa. A Espanha deve apresentar alterações naquele que tem sido o seu “onze” habitual neste Euro 2020. Azpilicueta é desejado na equipa, de forma a permitir libertar Marcos Llorente no ataque. Busquets, que esteve ausente nos dois primeiros encontros dos espanhóis por ter estado infectado com o novo coronavírus, deve estar de regresso à titularidade
Já Stefan Tarkovic seleccionador eslovaco, prometeu uma equipa fechada junta da sua área, à espera de segurar um empate que pode ser suficiente para a sua equipa seguir em frente – aliás os eslovacos conseguiram sempre chegar à fase a eliminar nos dois anteriores Europeus em que participaram.
“Com a qualidade que eles têm e as ocasiões de golo que eles conseguem criar, vamos precisar de sorte a defender e de neutralizar os seus avançados”, confessou sem rodeios Tarkovic.