Finlândia tem o Euro a fugir-lhe por entre os dedos

Os finlandeses, com três pontos, dificilmente estarão nos oitavos-de-final como um dos quatro melhores terceiros classificados. Não é impossível, mas é muito difícil.

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LUSA/Dmitry Lovetsky / POOL

A Finlândia começou o dia confortável, esteve apurada, depois passou a estar eliminada e terminou a noite sem saber muito bem o que lhe vai acontecer. Foi uma autêntica montanha russa na última jornada do grupo B, com vitória belga (2-0) frente à Finlândia, que terminou com a armada de Bruxelas em primeiro lugar (9 pontos), Dinamarca em segundo (3 pontos), finlandeses em terceiro (3 pontos) e Rússia em quarto (3 pontos). O desempate deu vantagem à Dinamarca, seguida da Finlândia e, por fim, a desilusão Rússia.

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A Finlândia começou o dia confortável, esteve apurada, depois passou a estar eliminada e terminou a noite sem saber muito bem o que lhe vai acontecer. Foi uma autêntica montanha russa na última jornada do grupo B, com vitória belga (2-0) frente à Finlândia, que terminou com a armada de Bruxelas em primeiro lugar (9 pontos), Dinamarca em segundo (3 pontos), finlandeses em terceiro (3 pontos) e Rússia em quarto (3 pontos). O desempate deu vantagem à Dinamarca, seguida da Finlândia e, por fim, a desilusão Rússia.

Quer isto dizer que os finlandeses, com três pontos e dois golos negativos na diferença entre marcados e sofridos, dificilmente estarão nos oitavos-de-final como um dos quatro melhores terceiros classificados. Não é impossível, mas é muito difícil. Resta-lhes sentarem-se no sofá e esperarem pelo milagre nos próximos dias, consoante os desempenhos dos rivais nos restantes grupos.

Em São Petersburgo, a Finlândia entrou na partida como se esperava: num 5x3x2 com bloco muito baixo, tendo durante quase toda a primeira parte os dois “avançados” – com aspas – a meio do seu próprio meio-campo. O bloco tão baixo tirou a profundidade a Romelu Lukaku e a Bélgica, apesar de amplamente dominadora, teve dificuldades em criar oportunidades de golo.

O poderoso avançado esteve quase sempre a jogar como “pivot”, recebendo de costas para a baliza, mas os defensores finlandeses, com maior ou menor dificuldade, foram resolvendo os problemas.

A excepção à monotonia foram dois lances individuais dos artistas belgas. Aos 23’, De Bruyne passou por três jogadores e o cruzamento quase deu autogolo. Aos 41’, entrou ao serviço aquele que tem sido o melhor jogador da muito fiável Finlândia.

O guarda-redes Hradecky fez uma defesa tremenda a um remate de Doku, após jogada individual do jovem extremo do Rennes.

Na segunda parte o jogo mudou um pouco. A Finlândia provavelmente até soube ao intervalo que a Rússia estava a perder, e isso interessava-lhe, mas não se agarrou à desvantagem russa. Os nórdicos surgiram mais ofensivos e, sobretudo, mais predispostos em atacar com vários jogadores.

Resultado: houve mais espaço para jogar e, claro está, a Bélgica castigou a Finlândia. Aos 63’, Hazard obrigou Hradecky a mais uma defesa de grande nível e dois minutos depois De Bruyne deixou Lukaku na cara do golo. O belga recebeu, rematou, marcou, festejou, abraçou os colegas, recolocou-se para o pontapé de saída e… o VAR anulou o golo por fora-de-jogo.

A desilusão não magoou os belgas, que chegaram mesmo ao golo pouco depois. Vermaelen cabeceou ao poste e a bola bateu no infeliz Hradecky, que fez autogolo – num dos melhores panos deste Euro 2020 caiu a nódoa.

Aos 81’, foi Lukaku a “matar” o jogo e os próprios finlandeses, que já nada iriam tirar deste jogo. E a derrota, em vez do empate, muda tudo.