Um momento de publicação independente: Zine Imergencial #1

Fanzines, edições de autor, livros de artista — nesta rubrica queremos falar de publicação independente. Mide Plácido apresenta Zine Imergencial #1.

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Apresenta-nos o teu fanzine.
Zine Imergencial #1 é um fanzine, simultaneamente, singular e colectivo, de 45 páginas, print-on-demand, produzido por Mide Plácido, com imagens de sua autoria e o contributo de vários outros amantes das Artes Visuais e da Escrita; bem como de outras vontades firmes em participar no projecto, num total de 27 pessoas, de Portugal, mas também, de Espanha, da Alemanha e de Brasil. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Apresenta-nos o teu fanzine.
Zine Imergencial #1 é um fanzine, simultaneamente, singular e colectivo, de 45 páginas, print-on-demand, produzido por Mide Plácido, com imagens de sua autoria e o contributo de vários outros amantes das Artes Visuais e da Escrita; bem como de outras vontades firmes em participar no projecto, num total de 27 pessoas, de Portugal, mas também, de Espanha, da Alemanha e de Brasil. 

Quem são os autores?
Mide Plácido. Este número inclui fotografias de Mide Plácido, Ana Catarina Pires, Arnaldo Carvalho, Beate Goerdes, Carla de Sousa, Filomena Praça, Jeorge Velhote, Paula Arinto,Ria Gerth; textos de Alberto Redondo, Catarina Vargas Praça, Concha MirassolGi Negrão, Maria João Carvalho, Maria João Cravo, Maria Oliveira, Rui Feteira, Susana Paiva. Outros contributos de António Campos, Cézar Vilhena, Diogo Cera, João Matos, Larissa Vilhena, Marina Falheiro da Silva, Tina Neto, Tom Vilhena e Yasmin Vilhena.

Do que quiseste falar?
Quando o país parou de súbito, logo no primeiro dia do período de vigência do estado de emergência, declarado em Portugal a 18 de Março de 2020, eu senti necessidade de fazer algo que tivesse desdobramentos para além da esfera pessoal e que invocasse o acontecimento peculiar do confinamento. Era preciso não ir a lado nenhum e estarmos juntos, quanto mais distantes, melhor; todos precisávamos, também, de uma espécie de bengala que nos ajudasse a segurar perante a perplexidade e o espanto. Zine Imergencial #1 mais do que reunir um conjunto de imagens e de textos, de autores distintos, quis materializar esta ideia com a intenção primordial de permanecer como objecto de articulação simbólica.

Questões técnicas: quais os materiais usados, quantas páginas tem, qual a tiragem e que cores foram utilizadas?
O arranjo gráfico é de Mide Plácido. Edição print-on-demand, 45 páginas, 20 x 14,8 cm. Impressão digital em tons cinza. Papel reciclado cinza claro.

Onde está à venda e qual o preço?
Não houve, nem há, venda. O fanzine foi doado a todos os que manifestaram interesse em adquiri-lo. Porém, foi-lhe atribuído o valor de 8 euros, voluntário, como donativo. O valor angariado serviu, inteiramente, para adquirir bens alimentares, que foram comprados e entregues, por mim, à Associação Arco Íris, sediada na cidade de Cantanhede, no momento promotora desta acção de recolha.

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Porquê fazer e lançar edições hoje em dia?
Acredito que qualquer edição de autor, exemplar único ou múltiplos, invoca “um exercício experimental de liberdade”, aberto em si mesmo a discursos e poéticas artísticas diferentes. Como tal, faz tanto sentido hoje em dia como qualquer outro objecto artístico em suporte convencional. 

Recomenda-nos uma edição de autor recente lançada em Portugal?
Quase à tona da pele, de Susana Paiva.